Reportagem: Venezuela e Rússia discutem comércio bilateral usando o Petro e o rublo russo

Representante da Venezuela na ONU revelou que o país está trabalhando com a Rússia para usar a moeda Petro

A Venezuela está considerando fechar acordos comerciais mútuos com a Rússia usando o rublo, informou o canal de TV do governo russo RT nesta sexta-feira, 17 de maio.

Jorge Valero, representante da Venezuela nas Nações Unidas em Genebra, disse que eles também estão discutindo usos para a criptomoeda estatal Petro (PTR).

Valero revelou que as autoridades venezuelanas estão trabalhando com a Rússia para eliminar o uso do dólar dos Estados Unidos em acordos comerciais entre os dois países.

Como tal, as autoridades dos dois países estão ponderando o uso do rublo russo, bem como a moeda digital Petro, apoiada pelo petróleo da Venezuela, um projeto controverso que foi lançado pela primeira vez em fevereiro de 2018.

Em meio ao colapso econômico na Venezuela que se agravou em meio a novas sanções dos Estados Unidos, bem como à crise presidencial em curso, Valero também expressou suas esperanças de conseguir apoio russo na reestruturação da dívida externa da Venezuela.

O venezuelano Petro, que foi projetado para combater a pobreza e a hiperinflação, foi criticado por especialistas globais pela falta de exposição global. Alguns também questionaram se a moeda era lastreada pelo petróleo venezuelano, como relatado pelo Cointelegraph. Após o lançamento da moeda, o presidente dos EUA, Donald Trump, proibiu os cidadãos americanos de comprar o Petro em março de 2018.

Recentemente, o Departamento do Tesouro dos EUA adicionou o banco Evrofinance Mosnarbank, sediado em Moscou, à sua lista de sanções devido a uma alegação de que o banco representava uma “instituição financeira internacional principal disposta a financiar” o Petro. No comunicado, o Tesouro descreveu o Petro como um projeto fracassado e que tentou ajudar a Venezuela a evitar sanções financeiras dos EUA.

Em abril, um assessor do presidente da Rússia propôs adotar uma moeda digital na Crimeia para atrair investidores e evitar sanções.

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