Venezuela: afetada pela inflação, volume de negociação de Bitcoin registra crescimento recorde

À medida que a crise econômica na Venezuela se aprofunda, levando a um crescente êxodo da população para fora do país, a demanda por Bitcoin e outras criptomoedas explode.

Segundo a Coin Dance, os venezuelanos negociaram o montante de Bitcoin correspondente a 300 milhões de bolívares apenas na semana passada. Uma tendência de transações no par BTC/VES, que vem se intensificando desde o início do ano.

(Foto: Pixabay)

O agravamento das condições econômicas resultou em um grande número de cidadãos fugindo a pé ou de ônibus do território venezuelano, depois de considerarem a vida intolerável no país.

De acordo com as estatísticas da Organização Internacional da Migração, desde 2015 em torno de 1,6 milhões de venezuelanos fugiram para países, em sua maioria, da América do Sul, como a Colômbia, Argentina, Peru e Brasil. E esse número continua aumentando.

95% de desvalorização

Além do aumento na demanda por Bitcoin, como uma proteção contra as condições de alta inflação no país, parte da razão para os volumes de negociação recorde tem a vez com a mais recente desvalorização das últimas semanas.

Em 10 de agosto, cinco zeros foram retirados da moeda do país, após os níveis de inflação alcançarem um patamar estratosférico. No entanto, isso parece não ter resolvido o problema; visto que a taxa de inflação está estimada em quase 100%.

Além de renomear o bolívar soberano, o presidente Nicolas Maduro anunciou também que a moeda nacional estaria vinculada à criptomoeda Petro, apresentada no início de 2018.

Como noticiado pelo Portal Criptoeconomia, o Petro nasceu para atender a esperança de contornar as sanções impostas pelos EUA e obter acesso aos investimentos internacionais, além de tentar controlar a hiperinflação persistente.

Baixa captação

A adoção do Petro, no entanto, tem sido baixa em meio ao grande ceticismo da população. Apesar desse cenário, o governo tem se esforçado para aumentar o uso da criptomoeda decretando, por exemplo, que ela seria o ativo oficial da petroleira estatal venezuelana, PDVSA.

Maduro também vem empregando esforços para que o Petro se torne a segunda unidade monetária no país, conforme destacou em um pronunciamento no final de agosto.

“A Venezuela terá uma segunda unidade contábil baseado no preço e valor do Petro. Será uma segunda unidade monetária da república e iniciará as operações como uma unidade contábil obrigatória da nossa estatal PDVSA”.

Fonte: CCN

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