‘Quer começar a investir em 2021, então fuja da poupança’, aponta Bernardo Pascowitch da Yubb
Especialista da Yubb aponta que a vacinação contra o coronavírus deve impulsionar o mercado de investimentos em 2021 e dá dicas para quem deseja começar a investir
Assim como o coronavírus impactou fortemente a economia global no ano passado, as recentes notícias sobre a vacinação para a covid-19 têm impacto direto na economia e no desempenho das nações em 2021.
Para Bernardo Pascowitch, fundador do Yubb, buscador de investimentos do país, o tratamento efetivo contra o coronavírus tira o Brasil e o mundo de um cenário de instabilidade nos investimentos e deve trazer recuperação aos mercados mais prejudicados pela pandemia.
“Começamos o ano bem melhor do que saímos em 2020, com uma vacina mais próxima da população brasileira. E isso gera impacto nos investimentos, já que o último ano foi pautado pela instabilidade econômica. Além disso, o início do ano é o melhor período para quem deseja começar a investir: é um ótimo momento para organizar as finanças”, explica Bernardo Pascowitch.
Desta forma, segundo ele, para quem deseja começar a investir, o primeiro passo é ter um controle de suas despesas essenciais.
“É importante anotar os gastos com alimentação, moradia, água, luz, telefone, gasolina e outras despesas fixas. E a soma desses valores indicará o seu custo de vida mensal. A definição dos gastos é essencial para saber o quanto a pessoa pode destinar aos investimentos”, detalha Pascowitch.
Começando a investir
Independente de qual o mercado o investidor deseja exposição, se em ações ou criptomoedas, o especialista aponta que o segredo de um bom investidor é desenvolver hábitos, e ressalta que a pessoa deve ficar sempre atenta à sua condição financeira atual.
“O importante é a pessoa entender que, assim que receber o salário, ela deve separar uma quantia para os investimentos. Mas ela não deve se comprometer com o que não consegue arcar. Vale começar com pouco, R$ 30,00, R$ 50,00 ou R$ 100,00, e ir aumentando o valor”, complementa.
Após juntar o dinheiro, o desafio seguinte é escolher onde investi-lo e, neste caso, o especialista não recomenda que os investidores iniciais coloquem seu dinheiro em Bitcoin e criptomoedas.
“Para começar, eu recomendo investimentos de renda fixa com baixo risco e liquidez diária, que apesar de não serem os investimentos mais rentáveis do mercado, são os mais seguros”, pontua Bernardo.
Poupança não
No Brasil, a forma mais popular de investimento é a poupança, mas ela não é a mais recomendada.
“O problema da poupança é seu baixo rendimento. É importante buscar outras opções em renda fixa que tenham um melhor rendimento, mas com a mesma segurança, como CDB, LCI, LCA e fundos de renda fixa”.
Para ele, o cenário tende a ser positivo tanto para investidores, quanto para empresas de diversos setores.
“As companhias que sofreram muito por conta da pandemia tendem a se destacar neste novo ano. Seis setores devem apresentar sinais de recuperação: educação, bancos, companhias aéreas, shoppings centers, turismo e shows e eventos”, pontua Pascowitch.
Outro setor que deve ser beneficiado, segundo o especialista, é o de fundos imobiliários (FIIs).
“Em um cenário de vacinação, os fundos imobiliários devem se valorizar, principalmente aqueles que mais sofreram com a pandemia, como os de shopping centers. Entretanto, com a possibilidade de novas ondas do coronavírus e, respectivamente, de novas quarentenas, os FIIs ainda estão muito pressionados e instáveis para os próximos meses. Vale uma ressalva também para os fundos de lajes corporativas, já que não sabemos se as empresas vão voltar plenamente a atuar em escritórios ou se manterão o home office”, pontua o especialista.
Bitcoin
Já para o fundador da BitcoinTrade, Daniel Coquieri, o que deve ‘bombar’ no Brasil é o início de um movimento, regulamentado, de tokenização de ativos.
“Acredito que 2021 terá grandes e boas novidades no setor de security tokens, principalmente, com a ajuda do sandbox da CVM no mercado”, disse.
Coquieri destaca também as empresas que encaminharam propostas à CVM são companhias com respeitabilidade e deve trazer produtos eficientes para o mercado o que ajudará a abrir caminho para um futuro promissor ao setor.
“Portanto, vejo a possibilidade do assunto sobre security tokens progredir durante o sandbox de forma positiva, já que a CVM quer entender a tecnologia, as empresas que estão por trás desse desenvolvimento, pois trata-se de um mercado monetário e que tem que ter uma cuidado muito grande. Acredito que o objetivo é trazer produtos mais eficientes para o mercado e o regulador construir uma regulamentação para este novo mercado, garantindo a proteção dos investidores”, disse.
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