Usuários da Ripple caem em golpe e têm R$ 2,5 milhões em XRP roubados
Um golpe no YouTube foi responsável por roubar R$ 2,5 milhões de usuário da Ripple. Estima-se que hackers tenham desviado 1.543.000 XRP no esquema fraudulento envolvendo vídeos na plataforma do Google.
A tática dos golpistas envolve publicar vídeos que usam nomes de pessoas famosas para convencer o usuário a fazer um depósito em criptomoeda. A promessa é que, ao enviar determinada quantia, o remetente receba um montante maior de volta.
Foi o mesmo mecanismo usado no recente hack do Twitter. Em julho, criminosos invadiram diversas contas de personalidades e enviaram tweets em massa pedindo depósito de criptomoedas. Um dos motivos do uso de Bitcoin e outras criptos é o caráter anônimo desses ativos.
No entanto, golpes do tipo no YouTube também são muito populares. A plataforma enfrenta o problema, em geral, derrubando contas denunciadas. Mas, não é incomum ver canais legítimos também serem afetados apenas por falarem de criptomoedas.
O Twitter recorreu a algo parecido. Para conter a ação dos criminosos, a rede social bloqueou a postagem de endereços de criptomoedas.
Donos de XRP também estão sendo visados
Embora golpes com criptomoedas no YouTube sejam comuns, os mais visados são donos de Bitcoin. Isso porque a criptomoeda tem muita liquidez e pode ser facilmente negociada no mercado.
Além disso, hackers podem achar serviços de lavagem de criptomoedas facilmente na deep web. Às vezes a prática traz prejuízos, mas ainda assim é usada para evitar autoridades.
Já a XRP é menos visada, mas está entre as principais. O monitor xrplorer.com forensics mostra que houve 1.543.000 XRP roubados. Na cotação de hoje, o montante equivale a R$ 2,5 milhões.
Desses, 839.000 XRP teriam sido lavados em exchanges. A maioria foi na Binance, com 508.000 XRP circulando pela corretora. Outros 273.000 XRP passaram pela NiceChange.
A Ripple é muito usada no Brasil, mas não se sabe se brasileiros estão entre as vítimas do golpe.
Ainda segundo o xrplorer.com forensics, mais de 60% do XRP roubado veio da Coinbase, exchange americana utilizada principalmente nos EUA. No entanto, cerca de 25% é proveniente de carteiras pessoais cuja origem é impossível de apontar.
Ripple processa YouTube
Ripple entrou com uma ação contra o YouTube em abril por conta dos golpes. A empresa culpa a plataforma de facilitar o trabalho de criminosos. Por esse motivo, exige uma indenização por conta de vídeos que se fazem passar pela Ripple e pelo CEO, Brad Garlinghouse.
Em resposta, o YouTube lançou um sistema renovado de checagem de fatos. O objetivo é ajudar usuários a saberem melhor quando determinado vídeo traz informações falsas, incluindo esquemas com criptomoedas. No entanto, o site continua sendo terreno fértil para golpistas até hoje.
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