Volume de USDT negociado por brasileiros chega a R$ 16,4 bilhões e bate recorde
Valor representa 83,6% de todo o volume movimentado através de criptoativos em abril deste ano, e é o maior valor negociado em USDT desde que a Receita Federal começou a coletar dados sobre o mercado cripto
O volume de stablecoins negociado por brasileiros cresceu em quase R$ 2 bilhões entre março e abril deste ano. Os dados são da Receita Federal (RF). O aumento mais expressivo em volume foi registrado pelo Tether USD (USDT), que cresceu R$ 1,746 bilhão no período, chegando a R$ 16,4 bilhões. Este é o maior volume de USDT negociado no Brasil.
Crescimento em stablecoins
Os brasileiros negociaram R$ 19,6 bilhões em criptoativos no mês de abril, quase R$ 1,1 bilhão a mais em relação a abril. Este crescimento pode estar relacionado com o aumento nas movimentações com stablecoins no mesmo período.
O USDT foi a stablecoin com o maior volume negociado em abril, atingindo R$ 16,4 bilhões, equivalente a 83,6% dos valores movimentados no mês. Além disso, o montante representa um recorde nas negociações com USDT no Brasil desde que a Receita Federal começou a coletar dados sobre o mercado cripto.
A stablecoin pareada ao valor do real, a BRZ, também exibe crescimento no volume negociado nos mais recentes dados da RF. Em março, o criptoativo foi responsável por movimentar o referente a R$ 251,8 milhões, chegando a R$ 380 milhões em abril. O crescimento é de R$ 128,2 milhões.
Apesar do crescimento nos volumes negociados de USDT e BRZ em abril, as quantias movimentadas usando USD Coin (USDC) e Binance USD (BUSD) exibiram recuos. Os volumes mostram declínios de R$ 23,5 milhões e R$ 562 mil, respectivamente.
Ao todo, o volume movimentado através de stablecoins cresceu R$ 1,85 bilhão entre março e abril deste ano.
Uma surpresa entre as ‘queridinhas’
Excluídas as stablecoins, Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) assumem seus costumeiros postos de criptoativos mais negociados no Brasil. Em abril, brasileiros movimentaram R$ 1,2 bilhão em BTC e R$ 267,2 milhões em ETH.
Como de costume, os criptoativos Polygon (MATIC), XRP, Litecoin (LTC), Cardano (ADA), Solana (SOL) e Chiliz (CHZ) estiveram entre os dez mais negociados por brasileiros em um mês.
Criptomoedas mais negociadas pelos brasileiros em abril de 2023, excluídas as stablecoins. Fonte: Receita Federal
Uma surpresa no ‘top 10’, porém, é a presença da altcoin Bitcoin Gold (BTG). Diferente dos outros criptoativos mais negociados no Brasil, o BTG está longe das vinte maiores criptomoedas em valor de mercado. Mesmo assim, o controverso hard fork do Bitcoin movimentou mais de R$ 46 milhões em abril.
O motivo pode ser uma busca por volatilidade por parte dos traders, dada a atual tranquilidade do mercado cripto. Em abril, o BTG mostrou grandes variações de preço, atingindo a mínima mensal de US$ 14,04 e subindo até US$ 17,16. A última semana de abril exibe uma potencial realização de lucros, com os preços caindo continuamente.
Leia mais:
- Trader Group entra mira da CPI das criptomoedas por captação de R$ 38,2 milhões em emissão de token de valor mobiliário;
- Investidores institucionais retiram US$ 88 milhões de fundos de criptomoedas em uma semana;
- Governo da China emite US$ 28 milhões de tokens em Ethereum e pode inaugurar próxima alta de 1.000% das criptomoedas.
