Legisladores dos EUA irão à Suíça para discutir o Libra, criptomoeda do Facebook
Uma delegação da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos visitará a Suíça por conta de questões relacionadas à criptomoeda, com o Libra, stablecoin do Facebook, no centro das atenções.
Uma delegação da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos – o equivalente americano da Câmara dos Deputados brasileira – visitará a Suíça para abordar questões de criptomoeda, com foco especial na stablecoin ainda por ser lançada do Facebook, o Libra.
Como reportou o semanário local de notícias NZZ am Sonntag em 17 de agosto, uma delegação de seis membros do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara vai se reunir com o Comissário Federal Suíço de Proteção de Dados e Informação (FDPIC) Adrian Lobsiger para trocar ideias e opiniões sobre moedas digitais.
Um porta-voz disse ao NZZ am Sonntag que o Libra será o ponto focal do diálogo entre o regulador e os legisladores dos EUA. A delegação é liderada pela presidente do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, Maxine Waters, que anteriormente solicitou que o Facebook suspendesse o desenvolvimento do Libra até que os supostos riscos que ele representa pudessem ser devidamente compreendidos.
Regulação suíça
A visita dos legisladores dos EUA visa esclarecer questões regulatórias em torno do Libra. Nas audiências perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, em julho, alguns representantes expressaram seu desconforto com a moeda sendo regulada a partir da Suíça.
Nas audiências, David Marcus, do Facebook, assegurou ao deputado Bill Huizenga que o Facebook estava em contato com a Autoridade de Supervisão do Mercado Financeiro da Suíça.
O chefe de comunicações do FDPIC, Hugo Wyler, disse posteriormente que o Facebook não havia contatado o regulador no tocante ao registro de seu projeto de criptomoeda. O FDPIC então enviou uma carta à Libra Association – o órgão regulador proposto pela stablecoin – pedindo detalhes sobre o Libra:
“O FDPIC afirmou em sua carta que como ele não havia recebido nenhuma indicação sobre quais dados pessoais poderiam ser processados, a Libra Association deveria informá-lo sobre o status atual do projeto para que ele pudesse avaliar até que ponto suas competências consultivas e poderes supervisórias seriam aplicáveis.”
Durante uma audiência perante a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos em meados de julho, Marcus respondeu a perguntas sobre por que a empresa havia escolhido registrar a Libra Association na Suíça, em vez dos EUA “A escolha da Suíça”, afirmou Marcus, “não tem nada a ver com evitar regulamentações ou supervisão”.
Marcus argumentou que a jurisdição é um lugar internacional propício para fazer negócios.