Déficit dos EUA será pelo menos 6 vezes o valor de mercado do Bitcoin – todos os anos

Os números continuam a destacar os perigos da política econômica dos EUA, à medida que a dívida atinge níveis recorde de US$ 23 trilhões e os dólares continuam sendo impressos.

O déficit orçamentário médio dos Estados Unidos “nunca” será inferior a US$ 1 trilhão por ano no futuro – ou 4,5% do PIB, mostram dados preocupantes sobre a economia fiduciária.

Compiladas pelo Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA (CBO) e compartilhadas pelo gerente de fundos de hedge de criptomoeda Travis Kling em 21 de janeiro, as estatísticas revelam que o déficit anual deve atingir US$ 12,2 trilhões durante o ano de 2020.

Deficit cresceu em média 55% nos últimos 50 anos

“Esses déficits seriam significativamente maiores do que os 2,9% do PIB, em média, nos últimos 50 anos”, comentou a própria CBO quando divulgou as projeções em setembro passado.U.S. average budget deficit 1969-2029

Déficit orçamentário médio dos EUA 1969-2029. Fonte: CBO

US$ 1 trilhão é mais de seis vezes o valor de mercado do Bitcoin (BTC) e quatro vezes o valor de mercado de todas as criptomoedas combinadas.

Os dados preocupam Kling, que, como outros defensores do Bitcoin, estabeleceu distinções claras entre a criptomoeda e a moeda fiduciária.

Como o Cointelegraph relatou, o déficit não é o único aspecto preocupante da política econômica dos EUA a aparecer em números nos últimos meses. No final do ano passado, constatou-se que a dívida total do país está agora mais alta do que nunca, em US$ 23 trilhões, enquanto a dívida total do mundo é de US$ 255 trilhões – ou US$ 12,1 milhões para cada Bitcoin.

Em termos simples, os déficits orçamentários ocorrem quando o valor dos gastos de um país excede o valor de suas receitas. Como observa Kling, os governos podem usar um tipo de decreto para reduzir a diferença, permitindo que eles aumentem a oferta de dinheiro fiduciário, que eles podem direcionar conforme desejado.

Durante o período do ano novo, o Federal Reserve adicionou US$ 425 bilhões à oferta em dólar.

Imprimir dinheiro para corrigir déficits “nunca terminou bem”

O processo tem suas raízes na economia keynesiana, que exige que os estados e os bancos centrais “administrem” o suprimento de dinheiro, em vez de permitir que o mercado decida os preços de bens e serviços.

Essa configuração cria um problema conhecido como “Impossible Trinity” – tentando obter fluxos de capital livres, uma taxa de câmbio fixa entre moedas e política monetária independente.

“Imagine o fascínio do político em prometer aos seus eleitores todos os gastos que eles querem, sem ter que aumentar impostos”, Escreveu Kling no Twitter.

Ele concluiu:

“Isso já foi tentado muitas vezes na história monetária e não há exemplo de onde terminou bem”.

Como Saifedean Ammous explica em seu livro, “The Bitcoin Standard”, impedir a interferência de governos e bancos centrais reverteria os processos que levam a fenômenos como déficits. Isso ocorre porque a fiat deixaria de ser dinheiro “por decreto”, como o próprio nome indica, e operaria sem uma autoridade central, semelhante ao Bitcoin.

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