Pesquisa inédita da CVM revela que investidores brasileiros gostam de Bitcoin e criptomoedas

Bitcoin e criptomoedas são “sucesso” entre investidores no Brasil aponta levantamento inédito feito pela CVM

Uma pesquisa inédita realizada pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, revelou que o brasileiro não tem medo do mercado de Bitcoin e criptomoedas.

Pelo contário, segundo uma prévia dos dados divulgados pela autarquia, o investidor nacional é arrojado e uma parcela significativa dos investidores nacionais investem em criptoativos.

Além disso, no levantamento com mais de 5.000 contribuições, 40% dos participantes afirmam ter começado a investir nos últimos 5 anos, especialmente no meio digital

Segundo Bruno Luna, Chefe da Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA/CVM), área responsável pela condução da pesquisa, já foi possível observar, preliminarmente, que uma parcela relevante do público alvo já acessa investimentos mais sofisticados, como criptomoedas, derivativos e, inclusive, investimentos no exterior.

“O conhecimento sobre a existência de produtos de securitização e private equity, que foram foco na pesquisa, se mostrou elevado e há interesse desse público em acessar esses mercados. É importante destacar que, embora o nível de conhecimento mais profundo sobre ambas as indústrias não tenha sido objeto do questionário nesse momento, observamos que o público investidor em geral possui apetite por mais risco e diversificação de sua carteira de investimentos”, comentou Bruno.

Investidores

Segundo Karl Pettersson, analista responsável pelo estudo na ASA, outro ponto destacado é que a maior parte dos investidores que respondeu a pesquisa possui formação superior (quase 70%).

 “Mesmo com esse número alto, conseguimos atingir todos os níveis de escolaridade e faixas de renda, revelando o movimento de popularização do mercado de capitais brasileiro. Isso é perceptível quando 40% dos participantes afirmam ter começado a investir nos últimos 5 anos, destacando o meio digital como um dos principais canais de acesso aos investimentos, como sites de corretoras e aplicativos disponibilizados por elas. Com isso, podemos observar um perfil de investidor mais autônomo”, analisa Karl.

A ASA/CVM fará um levantamento mais detalhado dos diversos perfis de respondentes e suas características, sendo possível, inclusive, entrar em contato com alguns investidores que se mostraram disponíveis a colaborar ainda mais.

“Foi bastante impactante a diferença de volume entre participantes do sexo masculino e feminino. Isso demonstra uma concentração ainda muito forte de homens no nosso público investidor. Com certeza temos ainda um longo caminho pela frente, no sentido de atrair e engajar mais o público feminino para esse meio, uma vez que o tema possui reflexos relevantes em diversos aspectos da vida”, afirmou Luna.

Luna destaca ainda que a área também está estudando regras em outros mercados e a literatura econômica sobre formação de poupança e decisão de investimento.

“Nosso objetivo é concluir e divulgar o estudo de Análise de Impacto Regulatório ainda este ano e realizar uma discussão mais ampla sobre futuros movimentos regulatórios relacionados às atuais regras e restrições de acesso aos diversos tipos de valores mobiliários, o que pode contribuir decisivamente para a canalização de poupança para o mercado de capitais e, consequentemente, o financiamento da economia”, concluiu

Fundos de Bitcoin

Os dados do levantamento da CVM convergem com os dados do mercado que demonstram que o interesse dos investidores em ter uma exposição ao mercado de criptoativos vem aumentado e, recentemente, a QR Asset Management, gestora do grupo QR Capital, registrou mais de R$ 100 milhões sob gestão.

O valor levou a empresa a ser a primeira do Brasil a atingir esta marca (em fundos 100% alocados em criptoativos).

A QR Asset Management gere, hoje, três fundos regulados de criptomoeda: o QR Blockchain Assets, para investidores qualificados, e o VTR QR Cripto, um master fund com alocações de fundos da Vitreo, lançados no primeiro trimestre; e o QR BTC MAX, o primeiro fundo 100% de bitcoin do Brasil, que conta com gestão passiva e custódia institucional, disponibilizado este mês.

Além da QR empresas como a BLP e a Hashdesk também oferecem fundos de investimento com exposição em Bitcoin e criptomoedas.

LEIA MAIS

 

Você pode gostar...