Unick Forex está de volta com novo nome, protendo lucro de 30% por mês e binário de 100%

Empresa alega ser a nova Unick Forex e promete bonificações, binários e rendimentos garantidos

Depois de lesar milhares de brasileiros e ser alvo de diversas operações da Polícia Federal a Unick Forex, anunciou seu retorno. Por meio de um vídeo que vem sendo compartilhado nas redes sociais e que está disponível no Youtube, um grupo de pessoas está promovendo a White Club que promete reviver a Unick.

Seguindo os passos de sua antecessora, a White Club promove ofertas de investimento via marketing multinível e supostos investimentos em criptmoedas, com retornos de até 30% ao mês, além do pagamento de binários, porcentagem por indicações, entre outras bonificações.

O canal que promove o vídeo já conta com mais de 2 mil inscritos e o grupo no WhatsApp conta com quase 100 membros.

Segundo informações alguns dos principais articuladores da Unick estariam promovendo a nova empres e inclusive fariam parte de grupos nas redes sociais. No entanto o Cointelegraph tentou contato com antigos membros da Unick para confirmar a informação mas não obteve resposta até a publicação.

A Unick Forex, empresa brasileira que prometia lucros exorbitantes através de investimentos no mercado de moedas digitais, tem sido o centro de uma controvérsia significativa nos últimos anos. Sua reputação foi manchada por alegações de ser um esquema Ponzi, uma forma de fraude que depende do recrutamento constante de novos membros para financiar os retornos dos investidores existentes.

Fundada em 2013 (mas começou a funcionar efetivamente somente em 2017) no Rio Grande do Sul, a Unick Forex operava supostamente através do comércio de contratos de investimento coletivo (CIC), uma espécie de investimento em grupo onde a promessa era de retorno de 100% sobre o valor investido, em até seis meses. O modelo de negócio parecia atraente para muitos, e a empresa cresceu rapidamente, atraindo um grande número de investidores esperançosos.

No entanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que regula o mercado de capitais no Brasil, logo chamou a atenção para as atividades da Unick Forex. Em 2018, a CVM emitiu diversas proibições e multas contra a empresa, alegando que a mesma estava operando de maneira ilegal, uma vez que não possuía autorização para realizar tais atividades financeiras.

Apesar das advertências, a Unick Forex continuou a operar, garantindo aos seus clientes que estava dentro da legalidade e que todas as acusações eram infundadas. Isso levou a uma série de investigações mais profundas, culminando com uma ação policial em outubro de 2019, conhecida como “Operação Lamanai”, onde vários líderes da empresa foram presos.

Os promotores alegaram que a Unick Forex usou as contribuições de novos investidores para pagar os retornos prometidos aos investidores mais antigos, um sinal clássico de um esquema Ponzi. Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram afetadas, com perdas totais que podem ultrapassar um bilhão de reais.

Após as prisões e o escândalo que se seguiu, a Unick Forex fechou as portas, deixando muitos de seus investidores sem nenhuma perspectiva de recuperar seu dinheiro.

CPI das criptomoedas

Como noticiou o Cointelegraph, instaurada no último dia 13, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras, a CPI das Criptomoedas, que tem como objetivo justamente investigar golpes relacionados ao mercado de criptoativos votou nesta terça-feira (27) diversos requerimentos de convocação que envolvem atores direta ou indiretamente ligados ao mercado de criptomoedas no Brasil. 

A maioria dos requerimentos, que somavam 50 convocações segundo o que apresentava o portal da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (27), relacionavam-se a “investigados”, como o sócio da GAS Consultoria Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins. 

Por outro lado, algumas solicitações de comparecimento foram pleiteadas a título consultivo ou de esclarecimentos, como a de advogados, empresários, jornalistas e influencers, entre eles Thiago Nigro, o Primo Rico.

Em relação ao Faraó dos Bitcoins, preso desde agosto de 2021 no âmbito da Operação Kryptos, a solicitação de comparecimento de Glaidson aparece em mais de um requerimento, incluindo uma solicitação (REQ 29/2023) do presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (SD-RJ). 

Na mesma direção, o comparecimento do investigado foi protocolado, entre outros parlamentares, pelo deputado Luciano Vieira (PL-RJ) no Requerimento 19/2023 e pelo deputado Caio Vianna (PSD-RJ), no Requerimento 38/2023, que também solicitaram o comparecimento da mulher de Glaidson, a venezuelana Mirelis Zerpa, considerada foragida da Justiça.

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