UNICEF vai investir R$ 400 mil em startups de blockchain; Foco é resolver desafios globais

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou na segunda-feira (10) um investimento de US$ 100 mil (cerca de R$ 400 mil) em startups de blockchain.

Considerada o braço direito da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação a ações em prol das crianças, o Fundo vai criar grumpos focados em soluções para resolver desafios globais usando a tecnologia oriunda do bitcoin.

O financiamento é parte de uma ação mais ampla que já financia 20 startups de tecnologia em economias emergentes por meio do seu Fundo de Inovação.

O investimento será destinado às seguintes startups:

  • Atix Labs (Argentina): laboratório de software que está desenvolvendo plataformas para acompanhamento financeiro;
  • Onesmart (México): empresa de tecnologia que vai trabalhar junto à Atix Labs nos aplicativos de finanças;
  • Prescrypt (México): está construindo uma plataforma para rastrear históricos de pacientes e para prescrições digitais de medicamentos;
  • Statwig (Índia): plataforma blockchain que está trabalhando para garantir a entrega de vacinas;
  • Utopixar (Tunísia): está desenvolvendo uma ferramenta de colaboração social;
  • W3 Engineers (Bangladesh): focada na construção de um sistema de rede offline que não requer acesso à Internet.

Essas startups passaram por uma seleção de 100 projetos escolhidos pela instituição em mais de 50 países, segundo o comunicado.

Chris Fabian, conselheiro-chefe de inovação da UNICEF, disse que o Fundo investe em projetos quando há perspectiva para ajudar populações vulneráveis da maneira mais justa possível.

“A tecnologia Blockchain ainda está em um estágio inicial — e há muita experimentação, falha e aprendizado à nossa frente quando vemos como e onde podemos usar essa tecnologia para criar um mundo melhor”, disse Fabian.

Além do financiamento, a UNICEF fornecerá suporte e assistência para todos os produtos, além de compartilhar o acesso à sua rede de parceiros e especialistas.

O tempo para que as startups entreguem os protótipos de código aberto de seus projetos é estimado de 12 meses, segundo a instituição.

Programa da ONU já testou blockchain

Há cerca de dois meses, o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) anunciou que a instituição estava usando a tecnologia blockchain no sistema de distribuição de comida no campo de refugiados na Jordânia.

A tecnologia foi implantada para ajudar os exilados de forma mais eficiente, reduzindo o risco de subornos e fraudes por autoridades locais.

“É um processo muito fácil e não tem complicações”, disse, na ocasião, Amar Al-Eid, um refugiado que diariamente procurava o local de doação para obter alimento para si e seus dois filhos.

O método de cadastro, identificação e controle de estoque foram implantados em um blockchain usando o sistema de biometria.

Ao solicitar o kit de alimentos, o atendente levanta uma ‘caixa preta’ para o rosto e examina a íris dos refugiados sírios. Estando tudo certo, ele entrega os produtos.

Mineração para arrecadar fundos

Em maio deste ano, a unidade australiana da UNICEF lançou uma campanha de doação alternativa.

Os participantes do “The Hope Page” cederam o poder de processamento de seus computadores para que um programa atuasse na mineração de criptomoedas que financiaria suas atividades juntos às crianças.

De acordo com a instituição na época, o projeto com mineração de criptomoedas permitiria que os australianos fornecessem ajuda às crianças vulneráveis simplesmente abrindo a página da campanha.

As criptomoedas mineradas foram convertidas em moeda fiduciária e doadas à Unicef Australia, financiando suprimentos como água potável, alimentos e vacinas.


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