Economia dos EUA, tensões políticas no Brasil e queda do dólar levam Bovespa abaixo dos 100.000 pontos

Tensões econômicas e políticas serviram de combustível para tornar o dia dos investidores da bolsa de valores mais apreensivo.

Dados da economia americana jogaram todos os mercados para o chão hoje, e as tensões políticas em Brasília, com a derrota do governo no Senado com a derrubada de vetos para o funcionalismo, serviram de combustível para tornar o dia dos investidores da bolsa de valores mais apreensivo.

Nos EUA, os mercados acordaram em queda e preocupados pelo aumento dos pedidos de auxílio-desemprego, em mais uma semana na qual a taxa de desembrego ficou acima do esperado.

Em uma semana, o número subiu para 1 milhão de pedidos de auxílio-desemprego, dando a real dimensão do problema para os investidores. O número subiu para 1,106 milhão na semana encerrada em 15 de agosto, depois de ir abaixo do nível de 1 milhão pela primeira vez desde o início da pandemia na semana anterior, segundo a Reuters.

No Brasil, o auxílio emergencial também deve ser estendido, com um valor menor, cerca de R$250 como pretende o Ministério da Fazenda. A decisão, porém, precisa passar pelo Congresso, que querem seja mantido o valor de R$ 600.

Diante desse quadro nada animador, os mercados reagiram e seguem operando em baixa. Às 12:09 (horário de Brasília), o índice Dow Jones (DJI) caía 0,13%, a 27.657 pontos, enquanto o S&P 500 (SPX) ganhava 0,013927%, a 3.375 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq (NSXUSD) avançava 0,26%, a 11.176 pontos.

O iBovespa também está operou em queda, com os contratos futuros abrindo em queda de 1,37%, aos 99.395 pontos, com queda acumulada de R$ 5,8 bilhões. Por conseguinte, o dólar também se mexeu, só que para cima; o dólar futuro para setembro operou em alta de 1,09%, a R$ 5,620.

Tensões políticas em Brasília

O Senado Federal derrubou o veto presidencial que congelava os salários dos servidores públicos até o final de 2021. A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, tenta negociar com a Câmara para que o veto seja mantido. O ministro chamou a derrubada de vetos de “crime contra o país”.

Sem o veto, as despesas da União, estados e municípios poderão aumentar R$ 98 bilhões, segundo dados do Ministério da Fazenda. A arrecadação de impostos no mês de julho deve alcançar R$ 112 bilhões, acima dos R$ 86,3 bilhões registrados na medição anterior, mas ainda abaixo dos R$ 137,7 bilhões registrados em julho de 2019, segundo dados da Bloomberg e da Receita Federal.

Retomada da atividade econômica no Brasil

Segundo pesquisa divulgada hoje pela Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em julho a atividade industrial se aproximou dos indicadores registrados antes da crise gerada pela pandemia. A pesquisa foi feita com 1.890 empresas de pequeno, médio e grande porte entre os dias 3 e 13 de agosto.

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