Ucrânia acusa Bielorússia de tentar invadir contas de e-mails

O governo ucraniano acusou a Bielorússia de tentar invadir contas de e-mail privadas de militares ucranianos enquanto potências mundiais impoêm uma nova rodada de sanções contra a Rússia

Segundo autoridades da Ucrânia, hackers que trabalham para o Ministério da Defesa da Bielorrússia enviaram uma quantidade enorme de e-mails de phishing com objetivo de comprometer contas de e-mail privadas de militares ucranianos e associados.

O governo de Kiev não detalhou quantas contas foram atacadas e se os criminosos cibernéticos roubaram informações importantes, mas o fato é que muitas delas podem fornecer detalhes úteis aos serviços de inteligência da Bielorrússia e, por sua vez, às forças russas enquanto atacam a capital ucraniana Kiev. 

Um alto funcionário de segurança cibernética do Serviço Estatal de Comunicações Especiais e Proteção de Informações da Ucrânia, Victor Zhora, disse à CNN americana que o objetivo de expor a campanha de phishing foi o de “impedir [que tenha] um impacto maior”. Zhora disse que as autoridades ainda não sabem o quão bem-sucedidos os hacks foram. 

Depois de violar uma conta de e-mail, os hackers enviam e-mails maliciosos adicionais para os contatos da conta para propagar a campanha de hackers, disse a Equipe de Resposta a Emergências de Computadores do governo ucraniano em um post no Facebook .

A rede social inclusive está com acesso restrito no território russo. O ministério das Comunicações do Kremlin acusa a companhia do Vale do Silício de censura ilegal. Segundo o comunicado, o Facebook cometeu violações de direitos humanos e “violou os direitos e liberdades dos cidadãos russos” quando a rede social supostamente reprimiu vários meios de comunicação russos em sua plataforma após o país invadir a à Ucrânia.

A lista inclui as contas oficiais do Facebook da agência de notícias RIA Novosti, do canal de tv Zvezda, e os sites Lenta.ru e Gazeta.ru. Paras as autoridades russas o Facebook violou a Lei Federal nº 272-FZ, uma lei que rege os direitos humanos e os direitos dos cidadãos russos. 

A extensão das restrições não ficou imediatamente clara, nem seu impacto nas operações do Facebook na Rússia ou na controladora do Facebook, Meta. 

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Sanções do G7

O grupo formado pelas sete maiores potencias do globo anunciaam mais sanções a Rússia, altos funcionários do governo, o próprio Putin, pessoas ligadas a ele, além de congelamento de bens e contas em algumas nações como os Estados Unidos.  O objetivo segundo a Casa Branca é estrangular a economia da nação do leste europeu.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou pelo Twitter que conversou com o presidente americano, Joe Biden o reforço de mais sanções, uma coligação anti-guerra e agradeceu o apoio da maior economia do planeta.

Já Vladimir Putin, pediu às forças armadas da Ucrânia que derrubem seu governo em declarações ao seu conselho de segurança na sexta-feira 25 de fevereiro.

Rússia pode migrar para cripto se for banida de sistema de pagamentos

Os líderes mundiais consideram excluir a Rússia do SWIFT, que é uma organização belga utilizada por mais de 11.000 bancos e instituições financeiras em todo o mundo, processando cerca de 42 milhões de mensagens por dia.

Com as sanções dos Estados Unidos, União Europeia e de outras nações mirando o sistema bancário da Rússia e a possibilidade de ser excluído da rede de pagamentos SWIFT, pode haver uma migração  para Bitcoin e criptomoedas.

A exclusão do país da rede de pagamentos também limitará a capacidade de transferência de fundos para bancos russos do exterior.

“Vamos limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes para fazer parte da economia global. Vamos limitar a capacidade deles de fazer isso.”

Mineração de Bitcoin permanece inalterada na Rússia

O país que ocupa o terceiro lugar do ranking global de mineração segue normalmente com as atividades para minerar a criptomoeda mais valiosa do planeta que agora é negociada abaixo de US$ 40 mil. Os russos tem cerca de 11% da taxa global de hash.

“A princípio, não me parece que o conflito tenha impacto direto no mercado de mineração de criptoativos. Ao contrário do que ocorre no mercado financeiro tradicional ou em mercados regulados de commodities, dificilmente sanções econômicas impostas à Rússia chegariam a atividades de mineração de criptoativos. Ademais, vale lembrar que autoridades monetárias russas atualmente discutem medidas de repressão ao uso e mineração de criptomoedas em território nacional, explica o sócio da Santos Neto Advogados, Matheus Zilioti

Para o advogado, “ao contrário do que alguns imaginavam, diante do cenário de guerra com impacto global como a que estamos vivenciando, o bitcoin não tem apresentado comportamento de um ativo defensivo como o ouro. Pelo menos até o momento, o preço da criptomoeda tem acompanhado o movimento das bolsas ao redor do mundo, consideradas ativos de risco.”

As Nações Unidas informaram nesta sexta-feira 25 de fevereiro, que mais de 50 mil pessoas deixaram a Ucrânia nas primeiras 48 horas após a invasão. O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, disse que a grande maioria foi para Polônia e Moldávia.

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