Três projetos promissores de criptomoedas que sumiram em 2019

Quem nunca se animou com uma altcoin, especialmente quando sua ‘queridinha’ entra na lista das 30 maiores do mercado de criptomoedas?

Afinal de contas, se subiu tanto, deve haver algum fundamento, alguma coisa que a diferencie e seja uma vantagem competitiva… ou não?

1. Crypto.com (CRO), 19ª posição

Em 15 de março, o token ‘filho’ da Monaco (MCO) ganhava destaque atingindo marketcap de US$ 490 milhões. O fato ocorreu aproximadamente dez dias após sua listagem na exchange coreana Upbit, ultrapassando os 3.100 satoshis.

Só era possível conseguir esses tokens CRO via airdrop ou comprando pelo app deles. Não houve ICO ou pré-venda. Logo, o total em circulação no início era bem baixo.

Qual foi a pegadinha? Promessa de um cartão de débito VISA Platinum utilizando conversão para moeda local sem sobretaxas e staking com benefícios. As vantagens eram salas vip, milhagem, limites de saque etc.

Ah! Cashback de até 10% nos gastos. O negócio era tão absurdo que o RadarBTC fez um relatório 2 dias após a máxima. Hoje está 87% abaixo daquele valor.

2. Holo (HOT), 24ª posição

Logo no início do ano, final de Janeiro, a moeda que só negociava na Binance (aliás, assim permanece até hoje) atingia seu pico de 46 satoshis.

Pode parecer pouco, mas como existem mais de 160 bilhões em circulação, seu marketcap foi pra incríveis US$ 215 milhões. 

Qual foi a pegadinha? A criação de uma tal ‘rede descentralizada Holochain’, além de um gadget Holoport que cuidaria das conexões p2p e computação a fim de rodar os dApps para usuários web.

Tá confuso? Provavelmente essa era a intenção. Atualmente a altcoin é negociada em torno de 10 sats, 78% abaixo da máxima.

3. Egretia (EGT), 27ª posição

Em 27 de julho, o EGT atingiu sua máxima histórica de 827 sats, que, aliado ao seu supply de 4 bilhões, alcançou um marketcap de US$ 350 milhões.

A criptomoeda, listada na Okex e Kucoin, havia ultrapassado competidores conhecidos como Dogecoin (DOGE), Basic Attention (BAT) e Vechain (VET).

Qual foi a pegadinha? “Primeiro mecanismo de blockchain e plataforma HTML5 do mundo, contando com 200.000 devs”, além de estarem preparando jogos utilizando blockchain.

Óbvio que nada disso aconteceu e a moeda desabou 97% desde então.

Afinal, como detectar esses scams?

  • Suspeite de anúncios de parcerias com empresas que não possuem um histórico de ser pró-criptos, ex: VISA, Apple, Microsoft;
  • Lembre-se que gadgets e máquinas POS não são exclusivas de nenhuma moeda, tudo é feito na China e facilmente adaptável para as demais;
  • Sinais amarelos: “Inteligência Artificial”, “Blockchain para indústria XYZ”, “Internet of Things”

Sobre o autor

Marcel Pechman atuou como trader por 18 anos nos bancos UBS, Deutsche e Safra. Desde maio de 2017, faz arbitragem e trading de criptomoedas, além de ser cofundador do site de análise de criptos RadarBTC.

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