‘Treep Token virou pó’, mas presidente da GenBit continua divulgando criptomoeda enquanto é investigado pela Polícia

Nivaldo Gonzaga promove criptomoeda TPK no Instagram e empresa é investigada pela Polícia Civil

Nivaldo Gonzaga é presidente da GenBit e utiliza o Instagram para divulgar informações sobre a criptomoeda TPK, criada pela plataforma de investimentos. O empresário publica informações normalmente sobre a empresa nas redes sociais, embora o negócio seja investigado pela Polícia Civil, segundo o G1.

Apontada como uma suposta pirâmide financeira, a GenBit é acusada de movimentar R$ 1 bilhão prometendo lucros com operações no mercado de criptomoedas.

De acordo com o comentário de um investidor da plataforma, a “Treep virou pó” nas exchanges em que a criptomoeda foi lançada pelo presidente da GenBit.

Sem pagar aos clientes, a GenBit criou a Treep Token (TPK) migrando o saldo dos investidores para a criptomoeda que não é aceita em nenhuma exchange brasileira. No Instagram, além de falar sobre a TPK, Gonzaga faz publicações sobre a tecnologia blockchain que “dá vida” ao Bitcoin.

Nivaldo Gonzaga divulga criptomoeda no Instagram

As investigações da Polícia Civil em São Paulo não impedem Nivaldo Gonzaga de divulgar a TPK no Instagram. Em publicações recentes nos stories, o presidente da GenBit pergunta aos usuários sobre algumas exchanges internacionais.

Além disso, Nivaldo faz constantes publicações sobre a TPK, a criptomoeda criada por ele para pagar investidores que caíram no golpe da GenBit, que prometia lucro de até 15% ao mês.

A última publicação do presidente da GenBit fala sobre o uso da tecnologia blockchain na área da saúde. O empresário utiliza a publicação para enaltecer a Treep Token.

“A Treep foi baseada e construída dentro do protocolo de blockchain Stellar, considerada uma das maiores e mais seguras redes do mundo. Estamos no processo de grandes mudanças cujo resultados positivos estão acontecendo.”


Instagram de presidente tem publicações sobre a TPK e blockchain (Reprodução/Twitter)

A Polícia Civil investiga a GenBit desde o final de 2019, após receber inúmeras denúncias contra a empresa em Campinas – SP.

Uma matéria veiculada no EPTV 2.ª Edição no início de 2020 mostra que um inquérito foi iniciado no 4º Distrito Policial. As investigações sobre a empresa apontam que podem existir crimes cometidos contra o sistema financeiro nacional.

“Treep Token virou pó”, segundo cliente da GenBit

A GenBit criou a Treep Token com o intuito de pagar investidores com saques em atraso. A criptmoeda foi utilizada pela plataforma para migrar o saldo de clientes que podem chegar em R$ 1 bilhão.

Segundo um dos clientes da empresa acusada de operar uma pirâmide financeira, o token criado pelo negócio não tem funcionalidade alguma. O investidor reclama em uma das publicações de Ronaldo Gonzaga no Instagram, protestando diante do não funcionamento do TPK.

Além disso, o investidor conta que o suporte da GenBit não está funcionando, impedindo que clientes tenham acesso às informações sobre os saques em atraso. No comentário, o usuário ainda fala que pacotes de investimentos referente ao mês de novembro de 2019 não foram convertidos em Treep Token.

“Nivaldo, e o Treep (Toekn), quando você vai colocar a mão nisso? Ele virou pó onde você o lançou e precisamos recuperar o prejuízo. Nada funciona, os pacotes de novembro ainda não foram convertidos, e ninguém fala nisso. Seu suporte não funciona, poderia me posicionar?”

O presidente da GenBit não respondeu ao investidor que pede providências diante da TPK na publicação no Instagram. Nivaldo Gonzaga possui quase 21 mil seguidores na rede social e parece não se importar com as investigações contra o negócio acusado de atuar no mercado como uma pirâmide financeira de Bitcoin.

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