2019 é cedo demais para benefícios vindos da blockchain, diz executivo da UPS
Nem a UPS nem a United Airlines parecem estar prevendo uma disrupção para a blockchain no próximo ano, escreve o Wall Street Journal.
Altos executivos da United Airlines (UA) e da gigante de logística da UPS acham que o ano de 2019 não será o ano da blockchain, disse uma reportagem do Wall Street Journal de 28 de dezembro.
Falando à publicação, o chefe de engenharia e informações da UPS Juan Perez e a vice-presidente executiva de tecnologia digital e diretora da UA Linda Jojo permaneceram equilibrados com as perspectivas da blockchain.
“Temos uma pequena equipe olhando para a blockchain, mas ainda estamos procurando o caso de uso matador”, disse Jojo.
À medida que 2018 chega ao fim, a blockchain tem recebido críticas msitas na imprensa e nas empresas, com algumas fontes alegando que a tecnologia não está suficientemente desenvolvida para cumprir suas promessas disruptivas e até mesmo inovadoras.
Por outro lado, o ano começou com empresas vendo um enorme aumento do preços das ações simplesmente por adicionarem o termo “blockchain” a seu nome.
É difícil mensurar o interesse genuíno da comunidade internacional, com uma pesquisa feita pela Tata Communications da Índia, que revela, no entanto, uma taxa de adesão de 44% à blockchain entre os entrevistados internacionais.
Os governos também continuam a sinalizar seu desejo de se apossar do fenômeno, com a Itália divulgando esta semana uma lista de 30 “especialistas de alto nível” que ajudarão a desenvolver uma estratégia oficial de Estado.
Para a UPS, no entanto, ainda é muito cedo para implementação real.
“Não espero benefícios significativos em 2019, principalmente porque a própria tecnologia continua evoluindo e amadurecendo”, continuou Perez, acrescentando:
“É preciso que muitas partes se sentem à mesa para participar e avaliar a tecnologia.”
Em agosto, a empresa havia emitido uma patente relacionada à blockchain para o setor de logística.