Hora de comprar ou vender: 9 analistas avaliam como o preço do Bitcoin vai ficar em maio depois de queda de 10%

Analistas avaliam se é hora de comprar ou vender Bitcoin depois de queda de 10% em maio

Maio não tem sido um mês positivo para o preço do Bitcoin (BTC) que, após chegar perto de US$ 30 mil, perdeu o suporte de US$ 27 mil e chegou a tocar US$ 25.800 após rumores de uma possível venda de 300.000 Bitcoins em posse do governo dos EUA.

Segundo o analista Lockridge Okoth, com essa ação de preço, um triângulo descendente se manifestou no gráfico de uma semana. Ele aponta que essa formação técnica significativamente baixista antecipa um alvo exato de rompimento para baixo cujo alongamento é determinado medindo a parte mais grossa do triângulo e sobrepondo-o a partir do ponto de rompimento.

“Por volta de 19 de abril, os touros falharam em sua tentativa de romper o limite superior, agindo como uma resistência ou linha de tendência de baixa. O mesmo aconteceu no início de maio, com ambas as tentativas de fuga se mostrando imaturas. Na sequência, o preço do Bitcoin continua a recuar dentro desse triângulo descendente, com a linha de resistência comandando e conduzindo o preço para baixo”, disse.

Para o analista, uma quebra abaixo do eixo x do triângulo, apresentada como a linha de suporte horizontal, confirmaria a perspectiva de baixa, abrindo caminho para uma queda de 13,21% para US$ 23.420 ou, no caso extremo, uma queda para as mínimas de 23 de janeiro em torno de US$ 22.682.

Diante de uma tendência de baixa no curto prazo apontado por Okoth, o Cointelegraph conversou com 9 analistas para avaliar como o preço do Bitcoin deve se comportar no decorrer do mês.

InvestSmart XP

William Lee, Head de Cripto da InvestSmart XP aponta que a tendência de alta deste ano para o Bitcoin deve ser testada esse mês. Segundo ele, a piora do cenário macroeconômico americano irá dificultar o otimismo dos investidores, fazendo com que eles fiquem mais receosos com ativos de risco com o Bitcoin.

Ele também destaca que uma alta para o Bitcoin enfrenta ainda dois problemas internos: as altas taxas da rede e problemas de alta liquidez.

“Portanto, muito provavelmente teremos uma dinâmica de preços bem mais cautelosa para esse mês, à medida que o cenário americano ainda está bem nebuloso para se possuir alguma posição muito otimista ao preço do Bitcoin no curto prazo”, disse.

Liqi

Daniel Coquieri, co-fundador da Liqi, aponta que o BTC já teve uma grande valorização em 2023, somando quase 70% de alta. Porém, em maio ele deve continuar negociando lateralmente com um topo em US$ 30 mil e um fundo entre US$ 22 e US$ 25 mil.

“Tivemos uma força compradora muito forte no começo do ano e essa força compradora deve segurar qualquer movimento de queda brusca, mantendo o BTC na faixa de lateralidade atual. A partir de julho quando possivelmente teremos notícias sobre um controle maior da inflação e uma possível queda nas taxas de juros nas principais economias mundiais, então podemos começar a ter uma reversão e ele subir acima de US$ 30 mil”, destacou.

Mercado Bitcoin

Para Lucca Benedetti, analista de Research do Mercado Bitcoin, o Bitcoin não deve cair abaixo de US$ 25 mil apesar da fraqueza que os touros tem demostrado. Ele aponta que há uma grande demanda compradora em US$ 25 mil e US$ 22 mil. Contudo, para ele maio não deve ser um mês de alta, mas de comportamento lateral nestas zonas de suporte e resistência.

“Esse movimento é positivo para os investidores que estão acumulando BTC ou fazendo aportes mensais para obter um preço médio convidativo”, destaca.

Cripto Fácil

Para Paulo Aragão, co-fundador do CriptoFácil, apesar da queda a curta temporada das memecoins evidenciou que os investidores querem exposição ao mercado de criptoativos e não há tanta aversão ao risco como antes. Para ele uma queda era esperada, mas isso não deve levar o BTC para um valor abaixo de US$ 25 mil.

“O Bitcoin vinha negociando lateralmente entre US$ 27 e US$ 30 mil há mais de 20 dias, era esperado que um rompimento ocorre-se e, como a tentativa de romper com US$ 30 mil falhou por mais de 5 vezes, a baixa era esperada. Apesar da tendência de baixa em maio, o fenômeno de memecoins como PEPE e LADY mostrou que os investidores estão avidos pelo mercado de criptomoedas e o apetite ao risco vem se renovando.

Portanto, em maio o BTC não deve romper com US$ 30 mil, mas uma queda abaixo de US$ 25 mil também é pouco provável. A tendência de alta deve retomar com força a partir de agosto, quando as notícias e especulações sobre o halving começarem a ganhar mais corpo”

Yaak Ventures

Marina Perelló, COO da Yaak Ventures destaca que este é um momento de tensão e que os investidores precisam manter cautela durante o mês de maio.

“A moeda vem sofrendo uma sequência de desvalorizações, voltando a ser negociada no menor patamar desde a segunda quinzena de março. A linha de sustentação é tênue, e o Bitcoin pode cair abaixo de US$ 25.000. Este é um momento de muita atenção (e tensão) para os investidores”, destacou.

BitNoticias

Felipe Escudeiro, fundador do portal BitNotícias e do canal BitNada, aponta que maio deve ser um mês de alta volatilidade já que o volume negociado de stablecoins é o menor dos últimos meses.

“Nos últimos 7 dias, o volume de stablecoins negociadas ficou na casa de 52 bi. Estamos acostumados, mesmo neste bear market, a volumes superiores a 200, 250 bi em uma semana. Desta forma, vejo como movimento incomum no mercado. O preço do Bitcoin se mantém flutuando acima de 26 mil dólares a 57 dias. Não é normal para o Bitcoin tão pouca volatilidade. Combinando a baixa volatilidade momentânea, com uma demanda reprimida nas stablecoins, espero muita volatilidade para as próximas semanas”, disse.

Münzen

Para Taras Dovgal, VP de Produtos da Münzen, o mês de maio será um desafio para os touros já que a tendência de curto prazo foi invertida. Ele argumenta que desde o começo do ano havia uma predominância dos touros no mercado cripto, com os traders buscando prever o próximo movimento de alta. Agora, contudo, segundo ele, a tendência inverteu e os ursos assumiram o controle no curto prazo.

“Portanto o desafio dos touros não é mais romper resistências, mas segurar suportes. Perdemos US$ 27 mil e não podemos perder US$ 25 mil, do contrário os ursos vão testar US$ 22 mil que pode ser o fundo desta correção. Difícil imaginar um cenário com um rompimento de US$ 30 mil”, destaca.

Ridian

Já Rogelio Sada, co fundador e CEO da Ridian, destaca que qualquer pessoa que esteja no mercado há algum tempo pode dizer que prever para onde o mercado está indo daqui a um mês é quase impossível.

Ele destaca que prever os preços é muito mais fácil de fazer em prazos muito mais curtos ou muito mais longos, pois, no curto prazo, algo fora da curva pode acontecer e afetar significativamente os mercados para cima ou para baixo, também conhecidos como “eventos de cisne negro”.

“Em termos relativos, vimos o Bitcoin superar todas as outras classes de ativos importantes e o Goldman Sachs o classificou como o ativo de melhor desempenho de 2023, superando o mercado imobiliário dos EUA, o ouro, etc. Vemos isso após um grande desempenho abaixo da média no ano passado, mas se ampliarmos nossa visão e olharmos alguns anos para trás, podemos ver uma grande sobrevalorização relativa do Bitcoin em relação a um índice mais tradicional como o S&P 500.

Essa tendência tem sido persistente há algum tempo, então não é irracional esperar que criptoativos continuem a superar muitos outros ativos no longo prazo, com grandes retrações no processo, assim como aconteceu com qualquer mercado bem-sucedido em suas fases iniciais”, destacou.

Kate Capital

Christian Aranha sócio e conselheiro da KATE Capital, afirma que a o BTC está em tendência de queda até que a política fiscal americana seja resolvida.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão.

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