Três tokens DeFi que cresceram até 120% na última semana

Request (REQ), DeversiFI (DVF) e Ampleforth (AMPL) foram os destaques em uma semana marcada pela manutenção do crescimento do Valor Total Bloqueado (TVL) em protocolos de finanças descentralizadas.

O valor total bloqueado (TVL) dos protocolos DeFi resistiu à queda geral do mercado que marcou a segunda metade de novembro e manteve-se em crescimento sustentado. De acordo com registros da plataforma de monitormamento de dados Defi Llama, o TVL cresceu aproximadamente 4% nos últimos sete dias, saltando de US$ 264,95 bilhões para US$ 275,24 bilhões, e está a menos de US$ 1 bilhão de sua máxima histórica.

Entre as principais moedas por capitalização de mercado, a semana foi marcada pela renovação do recorde de preço do Terra (LUNA), que chegou a US$ 59,29 nesta terça-feira. Vale destacar que o protocolo recholheu US$ 94.000 em taxas de transações realizadas na plataforma ao longo da semana passada, de acordo com uma reportagem do portal Cripto Daily. Mais do que o número em si, é interessante notar que ele revela um intenso volume de atividade na plataforma.

Também vale notar que a taxa de staking do Terra atualmente é de 9,16%, um número bastante significativo quando comparado a outras criptomoedas. Isso se explica pelos recentes airdrops que parceiros que desenvolvem aplicações no protocolo têm promovido em benefício dos stakers do LUNA.

Enquanto isso, os tokens de melhor desempenho semanal do setor de finanças decentralizadas apresentam perfis e funcionalidades diferentes. Em comum, todos estão baseados na blockchain do Ethereum. A rede concentra 65,82% do TVL, com US$ 181,12 bilhões travados em protocolos de finanças descentralizadas, de acordo com dados do Defi Llama. 

O Request (REQ) é um sistema de pagamentos descentralizado. O DeversiFI (DVF) é uma exchange decentralizada (DEX) que opera na segunda camada do Ethereum. E o Ampleforth (AMPL) é um meio de pagamento cujo suprimento em circulação é ajustado por algoritmos.

Request (REQ)

Lançada no auge da febre dos ICOs (Oferta Inicial de Moeda) em 2017, a Request Network é um sistema de pagamentos descentralizado que elimina a necessidade de interemdiários para oferecer soluções de transferências de valor mais baratas e seguras, interconectando criptoativos e moedas fiduciárias em um único sistema.

A aplicação de maior sucesso do ecossistema é o Request Finance, um aplicativo descentralizado (dApp) utilizado por mais 850 organizações que utilizam criptomoedas como meio de pagamento. Empresas e DAOs (Organizações Autônomas Descentralizadas) o utilizam para pagar salários, manejar despesas e emitir ordens de pagamento e invoices.

Desde janeiro deste ano, o protocolo está em crescimento constante e o número de transações diárias alcança novas máximas históricas recorrentemente. Embora esteja baseado no Ethereum, o Request oferece interoperabilidade com as redes Polygon (MATIC), Fantom (FTM), a Binance Smart Chain (BSC), o Near Protocol (NEAR) e a Celo (CELO).

No início de novembro, a equipe do Request anunciou incrementos a serem implementados em breve: integração com as redes Avalanche (AVAX) e Zilliqa (ZIL), a funcionalidade “compound & pay”, através das quais os usuários recebem juros ao realizarem o pagamento de invoices, e passará a permitir pagamentos com criptomoedas na origem a serem recebidos em moedas fiduciárias na outra ponta. A operação inversa já é oferecida pelo Request Finance.

Por fim, o protocolo pretende oferecer garantias aos usuários para a substituição completa e definitva de bancos por contratos inteligentes. E num futuro um pouco mais distante, a ideia é que a plataforma ganhe recursos de contabilidade e de fluxo de pagamentos, tornando-se assim, capaz de viabilizar e organizar fluxos financeiros baseados totalmente em criptomoedas.

Nos últimos sete dias, o token de utilidade do Request acumulou 120% de ganhos, saindo de US$ 0,2073 em 23 de novembro para US$ 0,4547 no momento em que este texto está sendo escrito. A capitalização de mercado do REQ é de US$ 454,6 milhões e ele é o 164º colocado no ranking de criptomoedas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Desempenho semanal do REQ. Fonte: CoinMarketCap.

DeversiFI (DVF)

A DeversiFI (DVF) é uma exchange decentralizada que oferece um ecossistema DeFi completo, além de simplesmente transações e swaps de criptoativos. Através da plataforma é possível interagir com os diversos instrumentos de finanças decentralizadas disponíveis no Ethereum, evitando os altos custos de gás das transações realizadas na rede principal.

Já na semana passada o DVF apresentou uma valorização expressiva na esteira do anúncio do lançamento do seu próprio AMM (Formador de Mercado Automatizado), que está marcado para esta quarta-feira. Até então, ela atuava como um agregador, viabilizando transações através de outras exchanges.

Na mesma data também será lançado um programa de mineração de liquidez que vai recompensar os usuários e os provedores de liquidez da plataforma com tokens de governança do protocolo, o DVF. Ambos os eventos geraram um pressão compradora sobre o ativo que vem se sustentando há duas semanas.

Na segunda-feira, em uma postagem no Twitter, a equipe do projeto anunciou que o valor total bloqueado no protocolo atingira os US$ 100 milhões.

Atingimos US$ 100 milhões de TVL!

Com tanta coisa vindo nos próximos meses, o🌌 é o limite!

— DeversiFi 🥷 (@deversifi)

Em 24 de novembro, o DVF estava cotado a US$ 9,74. Agora, no momento em que este texto está sendo escrito, chegou a US$ 17,39, acumulando uma valorização de 79%. Apenas nas 24 horas que antecedem os novos lançamento, o token teve ganhos de 19,6%.

 A capitalização de mercado do DeversiFi é de US$ 419,8 milhões, quase o dobro do que era na semana passada, e o ativo ocupa a 254ª posição no ranking de criptomoedas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Desempenho semanal do DVF. Fonte: CoinMarketCap.

Ampleforth (AMPL)

O Ampleforth é uma criptomoeda algoritmica que foi projetada para servir de base monetária de uma nova economia descentralizada. Com o suprimento em circulação controlado por códigos de programação, o valor do AMPL é imune à oferta inflacionária, além de manter-se descorrelacionado da ação de preço de outras criptomoedas – e do Bitcoin (BTC) em particular.

Os detentores do AMPL possuem uma fração fixa do fornecimento total de AMPL em circulação, e não um número fixo de tokens. Quando o algritmo detecta que o preço da AMPL está muito alto, ele aumenta a oferta circulante, ao passo que a oferta é reprimida quando o preço está muito baixo.

Sempre que há uma alteração na cotação do AMPL, todos os tokens presentes em carteiras Ampleforth têm seu saldo ajustado proporcionalmente. Independentemente da mudança do valor de face, os detentores do AMPL seguirão tendo a mesma porcentagem do estoque em circulação. Ou seja o suprimento se ajusta ao valor – e não o contrário, como é comum.

Esse processo de ajuste automático de oferta é conhecido como “rebase” e ocorre uma vez por dia, com rebase positivo se o preço ficar acima de US$ 1,06 e rebase negativo se estiver abaixo de $ 0,96. O objetivo geral do sistema é criar incentivos que levem o preço de mercado da AMPL de volta para ~ US$ 1.

O Ampleforth pode ser utilizado para diversificar carteiras de criptomoedas, funcionando como colateral para aplicações de finanças descentralizadas e, eventualmente, como uma alternativa a moedas fiduciárias ou CBDCs (Moedas Digitais de Banco Central).

Em 12 de novembro, o AMPL tornou-se o  5º maior ativo do tesouro do protocolo de empréstimos AAVE. Nesta semana, os detentores do AMPL foram contemplados com um airdrop de FORTH, o token de governança do protocolo. Recém lançado, o FORTH é um passo adiante no processo de descentralização do Ampleforth e concederá aos seus detentores poder de voto em decisões relativas ao deesenvolvimento do protocolo.

Além disso, o AMPL foi integrado ao ecossistema DeFi da Avalanche e teve versões sintéticas lançadas para utilização no protocolo de empréstimos AAVE, o aAMPL, e outro para soluções de segunda camada do Ethereum, o wAMPL, potencializando suas utilidades.

Ao longo dos últimos sete dias, o AMPL valorizou-se em 72%, subindo de US$ 0,8094 em 23 de novembro para 1,4019 no momento em que este texto está sendo escrito, somando US$ 319,8 milhões de capitalização de mercado. O token ocupa a 187ª posição no ranking de criptomoedas, de acordo com dados do CoinMarketCap.

Desempenho semanal do AMPL. Fonte: CoinMarketCap.

LEIA MAIS

Você pode gostar...