‘Existem mais NFTs no OpenSea hoje do que havia sites na internet em 2010’, diz cofundador do marketplace

Em um thread no Twitter, Alex Atallah chamou atenção para o crescimento exponencial da quantidade de NFTs e as implicações que isso pode ter para a própria internet.

O cofundador do OpenSea Alex Atallah chamou atenção para o crescimento do mercado de NFTs com uma comparação inusitada em um thread no Twitter publicado na quarta-feira, 9: atualmente, apenas no marketplace dominante do mercado há mais NFTs do que havia sites na internet em 2010. Nesse ritmo, em breve os NFTs terão superado não apenas a quantidade de sites da internet, mas também o número de páginas.

1/ Existem agora mais NFTs no OpenSea do que havia sites na internet em 2010.

Muito em breve, os NFTs ultrapassarão os sites, talvez até as páginas da web. Esse crescimento tem grandes implicações sobre como devemos indexar os NFTs…

— Alex Atallah | OpenSea (@xanderatallah)

Para oferecer uma perspectiva mais ampla sobre a comparação, Atallah apresentou alguns números:

“No ano 2000, havia 17 milhões de sites e 400 milhões de usuários online;

Em 2010, havia aprximadamente 200 milhões de sites e cerca de 2 bilhões de usuários de usuários;

Hoje, existem quase 250 milhões de NFTs pesquisáveis no OpenSea e apenas uma pequena parte dos usuários da Internet [possui NFTs].”

No Milk Road, boletim diário sobre as principais tendências do Cripto Twitter, Shaan Puri e Ben Levi comentaram que, à primeira vista, a comparação pode parecer esdrúxula e não significar muita coisa. No entanto, trata-se de um número que não pode ser ingorado, pois deixa claro que a tecnologia por trás dos tokens não fungíveis, independetemente da opinião que se tenha sobre ela, está em crescimento e tem um potencial praticamente inexplorado.

Ao mesmo tempo, também evidenciam duas falhas que por enquanto são incotestáveis: a maioria dos sites da internet não tem valor e geram tráfico e receita nulos. Provavelmente, a mesma afirmação seja válida para os NFTs, como seus críticos não se cansem de apontar.

A segunda, porém, é menos óbvia: NFTs são vistos como “raros”, mas a verdade é que é muito fácil produzi-los. O resultado é que os tokens não fungíveis geram uma abundância de escassez.

Prova disso é o resultao de um levantamento realizado pelo site MetaGeneration.io que revelou que 70% de todas as 10.325 coleções de NFTs disponíveis no OpenSea não registraram nenhuma venda entre 27 de fevereiro e 5 de março. Em números absolutos, o percentual equivale a 7.234 coleções. Ampliando a perspectiva para 30 dias, o número não diminui de forma signigicativa: 67,68% coleções não tiveram nenhum NFT transacionado.

Indexação de NFTs

No entanto, o foco principal do thread do cofundador do OpenSea diz respeito às formas como os potenciais usuários coneguirão encontrar os NFTs que desejam, uma vez que, ao contrário dos sites, que podem ser retirados do ar, sumindo sem deixar rastros, os NFTs existirão enquanto as redes blockchains em que foram criados existirem. Ou seja, os NFTs representam um grande desafio para usuários e desenvolvedores no que diz respeito ao acesso à informação.

Não importa que a maior parte das coleções sejam ignoradas pelos usuários, o problema da indexação dos NFTs é uma realidade e exigirá a criação de algoritmos totalmente novos capazes de processar dados on-chain para Web3. Plataformas como o Google não estariam preparadas para suprir essa necessidade, afirmou Atallah. Ainda mais levando-se em conta que o potencial criativo dos desenvolvedores ainda se encontra em estágio embrionário.

Na última postagem do thread, Atallah convoca desenvolvedores interessados em trabalhar em soluções para este incomensurável problema de indexação de NFTs se juntem à equipe do OpenSea, sugerindo que o marketplace deverá desenvolver projetos nesse sentido em um futuro próximo.

Apesar da tendência de crescimento dos NFTs enquanto dispostivo tecnológico que podem ser utilizados para diversos fins, o mercado de NFTs entrou em um momento de retração depois de atingir seu maior volume de transações em janeiro deste ano. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, a queda contínua do mercado de NFTs desde então seria a confirmação de que o inverno cripto chegou também para os tokens não fungíveis.

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