O império dos EUA está caindo e com ele ressurgirá os ‘dias de glória’ dos traders, prevê Ben Melkman
Para importante gestor de fundos nos EUA, o império americano está ruindo, porém com ele emergirá os ‘dias de glória” dos traders
Para Ben Melkman, um dos importantes gestores de fundos nos EUA, o império americano está ruindo e com ele o dólar como padrão monetário mundial.
Porém, segundo ele, essa queda fará emergir os “dias de glória” dos traders tal qual ocorria nas décadas de 1980 e 1990, nos quais retornos de 20 e 30% eram possíveis.
Isso porque, segundo declarou a Bloomberg, o cenário atual é um mundo no qual o ouro, commodities e moedas não americanas apresentam desempenho superior, no qual as taxas de câmbio oscilam violentamente e os bancos centrais são subservientes às autoridades eleitas.
“É um mundo em que o macro trader é mais uma vez o rei de Wall Street. Isso está voltando aos dias de glória. Isso é um grande erro político, ambientes onde os formuladores de políticas não podem controlar os resultados”, disse.
Tsunami de forças econômicas
Ainda segundo o gestor a pandemia do coronavírus desencadeou um tsunami de forças econômicas e sociais que varreu quase 40 anos de ortodoxia monetária.
Assim, como os governos tiveram que mobilizar trilhões de dólares em estímulos para estabilizar os preços dos ativos e compensar a perda de produção e renda, eles agora estão presos a gastar tanto ou possivelmente mais no futuro para evitar que o crescimento imploda.
Desta forma, com déficits tão grandes, as taxas de juros serão congeladas em zero e a impressão de dinheiro para absorver toda a dívida recém-emitida evoluirá de uma ferramenta de combate à crise para uma prática cotidiana.
“De repente, a reconstrução dos déficits, os gastos fiscais necessários que a Covid criou, relegou os bancos centrais de volta a seus empregos antes dos anos 1980, que é essencialmente monetizar os déficits do governo.”
Bitcoin
Na linha de Melkman sobre a queda do dólar devido ao desastre econômico americano, recentemente, em uma carta aos investidores o CEO da Pantera Capital, Dan Morehead, observou que os Estados Unidos imprimiram uma quantia chocante de dinheiro para combater a crise financeira induzida pela pandemia.
“Os Estados Unidos imprimiram mais dinheiro em junho do que nos dois primeiros séculos após sua fundação”, escreveu Morehead. “No mês passado, o déficit orçamentário dos EUA – US $ 864 bilhões – foi maior que o total da dívida contraída de 1776 até o final de 1979”.
Morehead deixou claro que a Pantera Capital vê o Bitcoin como a solução para a atual crise.
Assim, ele também contrasta os efeitos da impressão de dinheiro nos últimos meses, com o desempenho da quantidade equivalente de moeda ao longo dos séculos.
“Com esse primeiro trilhão [de USD impresso], derrotamos os imperialistas britânicos, compramos o Alasca e a compra da Louisiana, derrotamos o fascismo, encerramos a Grande Depressão, construímos o Sistema Rodoviário Interestadual e fomos para a Lua”
Morehead citou a inflação resultante como a principal razão pela qual se deve “sair do papel-moeda e entrar no Bitcoin”.
“não há necessidade de números ajustados à inflação [com Bitcoin] porque não há inflação / hiperinflação”, declarou.
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