Os passos da empresa de capital aberto Argo Blockchain na busca por energias renováveis

O mercado de mineração busca limpar sua pegada de carbono bem antes do Twitter do Elon Musk

Tentando tornar o Bitcoin ainda mais verde, a Argo Blockchain adquiriu dois data centers movidos a energia hidrelétrica no Canadá. As duas unidades somam 20 megawatts e irão alocar parte significativa das operações da empresa. Esta já é a segunda ação sustentável da Argo que, no mês passado, realizou investimentos similares em energia eólica. De acordo com fato relevante publicado pela London Stock Exchange, onde a Argo é listada.

“Os data centers são alimentados quase inteiramente por eletricidade gerada a partir de energia hidrelétrica, que é uma parte importante da visão de mineração verde da Argo”, afirma o comunicado.

“A compra de data centers da Argo no Canadá representa outro marco para a empresa, à medida que buscamos ter maior controle sobre nossa produção de mineração e base de custos de mineração, ao mesmo tempo que estabelecemos bases sólidas para o crescimento de longo prazo”, disse o CEO da Argo, Peter Wall.

Os dois data centers somam 20 megawatts de capacidade de energia, atualmente abrigando uma parte significativa dos equipamentos de mineração de Bitcoin da Argo. Além disso, a aquisição visa proporcionar à empresa estabilidade a longo prazo, aumentando seu controle sobre as instalações que abrigam suas máquinas de mineração.

 

Em busca da diminuição da pegada de carbono e energias limpas

A Argo Blockchain está tomando medidas para mudar suas operações de mineração de Bitcoin para alternativas e soluções “verdes” em várias frentes. Com foco em fontes de energia renováveis, a empresa adquiriu um terreno de 320 acres no Texas no mês passado, o que lhe dá acesso a 800 megawatts de energia elétrica. A Argo escolheu estes locais em particular porque oferece “algumas das tarifas de electricidade mais baixas do mundo e a maior parte é proveniente de fontes renováveis, nomeadamente eólica e solar”.

O baixo custo é essencial porque a mineração de Bitcoin é um mercado livre, o que significa que os mineradores sempre gravitarão em torno das fontes de energia mais baratas disponíveis. Como é o caso dos chineses que utilizam massivamente usinas termelétricas movidas a carvão e é onde tem residido as críticas quanto à pegada de carbono da mineração de Bitcoin.

Depois do tweet de Elon Musk acusando a produção de Bitcoin como anti-ecológica e por isso a Tesla não o aceitaria mais como forma de pagamento, 49 dias depois de anunciar que seria possível comprar um Tesla com Bitcoins. Após essas exposições de Elon Musk o preço do Bitcoin vem acumulando perdas de 8%.

74% da mineração de Bitcoin é baseada em energias limpas 

De acordo com a terceira edição do relatório de mineração bianual da CoinShares, 74 por cento da energia na rede de mineração de Bitcoin vem de fontes de energia renováveis. Também merece destaque com números mais atualizados, o estudo feito pela Square sobre os tipos de energias limpas utilizadas para mineração.

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