Cresce número de empresas listadas em bolsa que possuem investimentos em Bitcoin, revela estudo
Levantamento realizado pela gestora de fundos Nickel Digital Asset Management mostra que 20 empresas globais adicionaram Bitcoin aos seus portfólios recentemente.
Um estudo realizado pela gestora de fundos Nickel Digital Asset Management, sediada em Londres, revelou que 20 empresas listadas em bolsa, cujo valor de mercado ultrapassa US$ 1 trilhão, possuem cerca de US$ 9,6 bilhões em Bitcoin (BTC), informou reportagem do Valor Investe.
Originalmente, elas investiram US$ 5,9 bilhões para adquirir a maior criptomoeda do mercado e na média obtiveram rendimentos acima de 60%.
Empresas da América do Norte são as maiores adeptas do criptoativo. Firmas dos EUA e do Canadá respondem por 54% do total. Completam a lista empresas sediadas no Reino Unido, Alemanha, Turquia, Liechtenstein, Hong Kong, Noruega e Austrália.
O levantamento mostra ainda que outras 19 empresas listadas em bolsa compraram Bitcoin, sem revelar detalhes quanto ao valor ou à quantidade dos aportes, bem como a composição de seus portfólios.
Uma análise mais detalhada da natureza dos investimentos corporativos em criptomoedas mostra que US$ 60 bilhões foram aplicados por meio de fundos diversos e produtos de investimento negociados em bolsa. Esses fundos mantêm essas alocações em nome de seus clientes, incluindo investidores do varejo, gestores de ativos e, cada vez mais, alocadores de ativos institucionais.
A jurisidição desses fundos é similar à das empresas, com predomínio de gestoras dos EUA e do Canadá, as quais respondem por 75% das participações. A pesquisa revelou um dado importante para o crescimento do mercado cripto: 81% dos investidores institucionais e gestores de fortunas acreditam que haverá um um aumento das reservas em Bitcoin e outras criptomoedas na tesouraria de empresas listadas em bolsa nos próximos dois anos.
Para o presidente e sócio fundador da Nickel Digital, Anatoly Crachilov, os dados representam “uma validação importante deste ativo como uma proteção de longo prazo contra a desvalorização da moeda, bem como uma fonte de rendimentos descorrelacionados dos instrumentos financeiros tradicionais.
Atualmente, a gestora tem quatro fundos de investimento que possuem ativos digitais em seus portfólios.
Apesar do aumento da aceitação do Bitcoin enquanto um investimento legítimo e rentável, a criptomoeda ainda desperta sentimentos contraditórios entre os investidores institucionais. Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente, uma outra pesquisa, encomendada pela Natixis Investment Managers, ouviu 500 investidores institucionais e metade deles afirmou que as criptomoedas são a classe de ativos que deve sofrer correções mais severa em 2022.
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