O fim do dinheiro em espécie se aproxima? No Brasil, pesquisa inédita indica que sim

Estudo inédito aponta que o uso do dinheiro físico no Brasil pode estar com os dias contados.

O Brasil segue avançado para diminuir o uso do dinheiro físico e utilizar cada vez mais sistemas de pagamento e transferência digital de valores.

Isto é o que aponta uma pesquisa inédida feita pela FIS® (NYSE: FIS).

O estudo mostra que a adoção e o uso de pagamentos digitais aceleraram em meio à pandemia de COVID-19 e que os sistemas digitais em tempo real agora estão oferecendo recursos que vão além dos pagamentos instantâneos.

“A atual pandemia deixou clara a importância de colocar valores instantaneamente nas mãos de quem precisa, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas”, afirma Raja Gopalakrishnan, chefe de Pagamentos em Tempo Real Globais da FIS.

Ainda segundo a FIS, o relatório mostra que, à medida que as redes de pagamentos em tempo real amadurecem, elas passam a agregar valor além da velocidade.

“Com o lançamento do PIX nos próximos meses, o Brasil passa para outro patamar em termos de pagamentos instantâneos, se equiparando com países que já têm plataformas instantâneas consolidadas, como China, Índia e Austrália”, destaca o relatorio.

Brasil

O relatório revela também que o Basil apresentou o maior aumento anual de valores transacionados através de novos trilhos de pagamento digital em tempo real nas Américas, com um aumento de 11%.

Além disso, em transações diárias, o Brasil também teve o maior número total, com mais de 3,8 milhões de transações por dia.

Nesta linha, um pesquisa recente da Visa revelou que cerca de 78% da população brasileira deixou de usar dinheiro físico em 2020.

O estudo chamado ‘Visa Back to Business’ foi realizado com empresas e cidadãos pela Visa e pela Wakefield Research em oito países.

“Os consumidores do Brasil e de toda a América Latina e do Caribe entenderam que podem comprar praticamente qualquer produto digitalmente e retirá-lo via drive-thru, recebê-lo em casa ou buscá-lo na loja”, disse o vice-presidente de Soluções para o Comércio da Visa do Brasil, Fernando Pantaleão.

Pix

Com o Pix, o Banco Central do Brasil quer alavancar a digitalização da economia no país e já vem trabalhando inclusive na internacionalização do sistema.

Assim, ao invés de usar o serviço da Sociedade de Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais (SWIFT) os cidadãos do Brasil poderiam enviar um PIX.

Contudo, ainda segundo o BC, a proposta só deve ser implementada entre 2022 e 2023.

“Possibilidade de você fazer um PIX fora do Brasil está na agenda evolutiva do Pix, mas não para ano que vem”, destacou o diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, João Manoel de Mello.

Dentro da proposta de internacionalização do PIX, além do envio de dinheiro para brasileiros em outros países também, há a proposta do PIX atuar como um “cartão internacional”.

Assim, por meio do PIX “internacional” também seria possível realizar pagamentos em viagens fora do país.

Embora o Banco Central não tenha fornecido mais detalhes sobre um possível PIX internacional, a proposta pode estar alinhada com a criação de uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC) para o Brasil.

Confira a integra do estudo inédito da FIS

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