Brasil tem apenas 8 nós de Lighting Network e demonstra os desafios da tecnologia
A operação só vale a pena se houver grande volume, ressalta o líder de infraestrutura da Lighting Network.
A rede do Bitcoin é baseada na solução ponto a ponto (P2P). Não existe um ponto central ou servidor que gere a forma como os dados são transferidos entre os utilizadores, e não existe uma base de dados central onde os dados são guardados. Portanto, toda a blockchain precisa ser baixada e sincronizada por cada nó.
Muitas pessoas e organizações se oferecem para executar nós completos usando recursos de computação e largura de banda sobressalentes – contudo, mais voluntários são necessários para permitir que o Bitcoin continue a crescer. No entanto, é preciso frisar que rodar um nó do Bitcoin é uma tarefa custosa e pouco compensatória do ponto de vista financeiro. Mas antes de falarmos sobre as questões financeiras, vamos entender qual a mecânica e importância de um nó.
Como funciona um nó de Bitcoin
Assim que o nó começa a funcionar, ele verifica a lista dos últimos endereços IP conectados para sincronizar com eles. Esta lista é transmitida com o último bloco. Se nenhuma lista for salva, o nó executará ping em uma lista conhecida de IPs que estão conectados à rede. Esta lista está codificada desde 2010. A última etapa da busca de um nó na rede é a propagação do DNS.
O nó fornece todos os recursos necessários que suportam a mineração e sincronização de blocos, envio de transações, etc. Depois de instalar o nó, ele irá procurar outros nós para conectar e baixar o estado mais recente da Blockchain. Esteja preparado, esse processo demora um pouco. O banco de dados Bitcoin atual tem cerca de 315.53 GB e cresce a cada dia.
Como se ganha dinheiro rodando um nó de LN
Aqueles que decidirem manter a infraestrutura de rodar um nó de Lightning Network, ganharam por meio do encaminhamento de pagamentos, ajudando as partes que não tiverem conexão direta entre si. A maioria dos nós que estão em execução agora são para teste, portanto, eles não se importam muito em obter lucro por meio de taxas.
A configuração de taxa padrão é 1/1000 satoshi, que a maioria de nós utiliza como padrão, que representa cerca de US$ 0,000000035 por encaminhamento. Portanto, para isso é preciso rodar cerca de 26.315.789 transações para compensar US$ 1 de custo de eletricidade para executar um nó, segundo Alex Bosworth, líder de infraestrutura da Lightning Network.
Segundo Bosworth, em janeiro, ele ajudou com seus nós a encaminhar mais de 31 BTC em pagamentos encaminhados pela Lightning Network – cerca de US$ 1 milhão de dólares
As taxas de roteamento que eram cobradas eram em torno de 0,075 BTC – o que lhe conferiu cerca de US$ 2.500 de lucro nas taxas.
O aumento do volume aumenta a dificuldade de executar um nó, mas também as recompensas. Contudo, o volume de operações é o grande gargalo nessa equação e decisão de investir em nós de rede.
As taxas de roteamento são apropriadamente descritas como “muito baratas”, então se ganharia o equivalente a alguns centavos por semana ou mais. De acordo com o guia de desenvolvimento de nós da Lightning Network.
Mais precisamente, as taxas de roteamento típicas são da ordem de 1 sat ($0.000356412) para cada 10 mil sats roteados, então é preciso encaminhar 0,01 BTC para cada centavo dos ganhos.
O presença do Brasil na rede LN
De acordo com o agregador de dados da 1ML, que reúne todos os dados de todos os nós da Lightning Network do mundo, o Brasil só possui 8 nós ativos (0.092% do total ) e com 70 canais operantes (0.192%). A capacidade da rede nacional é de 0.63218832 BTC ou R$ 121.489,28. As cidades que concentram os nós são: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.
Leia mais:
