O movimento das baleias de US$ 1,9 bilhão que pode ser decisivo para o Bitcoin, segundo dados on-chain
Plataforma de análise observou que movimentação massiva de grandes carteiras pode ser o fiel da balança nos próximos dias.
Na manhã desta quinta-feira (20), a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, renunciou ao cargo que ocupava há quarenta e cinco dias, em meio a um controverso pacote econômico que previa o corte de 45 bilhões em impostos em libras esterlinas, medida que fez a moeda desabar no final de setembro com o temor dos investidores em relação ao endividamento do governo. Na ocasião, o Bitcoin (BTC) atraiu investidores e se favoreceu com a derrocada da moeda britânica.
Precificado em torno de US$ 19,2 mil e com alta de 0,50%, o Bitcoin continuava caminhando de lado nesta quinta, já que os possíveis impactos da saída de Truss entre os investidores ainda não eram claros. Mas também porque o mercado possivelmente aguarda cauteloso um possível novo aumento na taxa de juros dos EUA, no início de novembro, pelo Federal Reserve System (Fed), o banco central do país da América do Norte.
Por outro lado, enquanto os sinais externos do mercado cripto continuam depressivos, algumas movimentações internas sugerem que grandes investidores podem estar assimilando a ideia de que “abandonar o barco” do Bitcoin pode não ser uma boa pedida diante da macroeconomia global cada vez mais combalida.
Não por acaso, a plataforma de análise on-chain Santiment observou que a queda de oferta de Bitcoin nas exchanges está em queda livre, o que pode ajudar a criptomoeda evitar, ou reduzir, possíveis novos crashes no curto prazo.
Isso porque, segundo a Santiment, o número de baleias detentoras de 10 mil a 100 mil Bitcoins, cerca de US$ 190 milhões a US$ 1,9 bilhão, atingiu o maior volume desde fevereiro do ano passado. Caminho que também foi acompanhado por baleias menos graúdas, detentoras de 10 a 100 Bitcoins, cerca de US$ 190 mil a US$ 1,9 milhão.
No Twitter, a Santiment sugeriu que o Bitcoin poderá se valorizar pela queda de oferta decorrente do crescimento da concentração do BTC, ao dizer que:
“O número de endereços #Bitcoin com 10.000 a 100.000 $ BTC e endereços com 10 a 100 $ BTC atingiu sua maior quantidade de respectivos endereços desde fevereiro de 2021. À medida que o número de endereços em uma rede aumenta, a utilidade deve seguir o exemplo.”
🐳🦈 The number of #Bitcoin addresses holding 10,000 to 100,000 $BTC & addresses holding 10 to 100 $BTC have reached their highest amount of respective addresses since Feb, 2021. As the number of addresses on a network rise, utility should follow suit. https://t.co/mSMnSOVf6L pic.twitter.com/iKA2BwwTyc
— Santiment (@santimentfeed) October 18, 2022
A empresa também identificou que as carteiras com 0,1 a 10 BTC, US$ 1,9 mil a US$ 190 mil aproximadamente, atingiram um recorde histórico ao responderem por 15,9% da oferta da criptomoeda enquanto as baleias mantenedoras de 100 a 10 mil Bitcoins, US$ 1,9 milhão a US$ 190 bilhões, controlam 45,6% do suprimento, maior baixa desde junho de 2019.
Em outra publicação, a empresa ressaltou a saída de BTC das exchanges de criptomoedas ao publicar que:
“O Bitcoin viu um enorme aumento de criptomoedas saindo das exchanges ontem [18], sua maior quantidade diária (40.572 BTC) em 4 meses. A oferta de moedas nas bolsas caiu para 8,48%. À medida que a oferta nas exchanges diminui, diminui o risco de uma futura liquidação.”
👌 #Bitcoin saw a massive surge of coins moving off of exchanges yesterday, its largest daily amount (40,572 $BTC) in 4 months. The supply of coins on exchanges is down to 8.48%. As exchange supply decreases, it de-risks chances of a future sell-off. https://t.co/gi4ki39Z6T pic.twitter.com/OKtdS6RUJY
— Santiment (@santimentfeed) October 19, 2022
Apesar da lateralização do Bitcoin nos últimos dias, alguns tokens se aventuraram em ralis, como a cripto desconhecida que saltou 44% e entrou no Top 10 do “alvoroço da comunidade”, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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