Tether, Bitcoin e Ethereum respondem por 83% da demanda de criptomoedas no Brasil, revela pesquisa

Índice Global de Adoção Cripto mostra que o país importou US$ 85,3 bilhões em criptomoedas entre junho de 2022 e julho de 2023.

Apesar de manter a liderança na América Latina em termos de adoção de criptomoedas, o Brasil, 9º colocado global, ficou na segunda colocação em importação de criptomoedas entre junho de 2022 e julho de 2023. Nesse período, o país recebeu um volume de US$ 85,3 bilhões, pouco abaixo da Argentina, 15º mundial, que importou US$ 85,4 bilhões no mesmo período. Esses dados, que foram divulgados esta semana pela empresa de análise blockchain Chainalysis, compõem o Índice Global de Adoção de Criptomoedas de 2023, que será lançado no final do mês.

De acordo com a empresa, a América Latina é a sétima maior criptoeconomia do mundo, com 7,3% do volume total. A região apresenta maior aderência às exchanges centralizadas em relação a outros mercados.

Em termos de participações no Brasil, a stablecoin pareada ao dólar americano Tether (USDT) respondeu por cerca de 52% da demanda dos investidores nacionais na exchanges no período. Já o Bitcoin (BTC) orbitou 25% e o Ethereum (ETH) respondeu por 6% enquanto as demais altcoins totalizaram pouco mais de 17%. A empresa observou que a aderência sobre as stablecoins é ainda maior em países com a Argentina e a Venezuela em face da desvalorização da moeda local por causa do avanço da inflação nesses países.

A publicação classificou o Brasil como “um mercado único na América Latina”, mas revelou que houve um recuo do país no comparativo com levantamentos anteriores em relação ao desenvolvimento institucional em criptomoedas e adoção de finanças descentralizadas (DeFi).

Apesar disso, desde o pico de novembro de 2022, quando respondia pela metade de negociações, em um volume de pouco menos de US$ 15 bilhões na época, a volume de transações institucionais apresentou alta consecutiva entre maio e junho desse ano, segundo o monitoramento.

Gráfico da participação das diferentes categorias de investidores cripto no Brasil. Fonte: Chainalysis

“Os dados mostram um quadro otimista para o mercado cripto brasileiro. Mesmo no inverno das criptomoedas, a chamada “classe média” de traders de criptomoedas de alto valor, juntamente com os usuários básicos de varejo, permaneceram na classe de ativos. Se continuarem a negociar, não é absurdo pensar que os usuários institucionais do Brasil retornarão e talvez até superarão seus níveis de atividade anteriores se e quando entrarmos em outro ciclo de mercado positivo”, informou a Chainalysis.

Quanto as transações dos investidores de criptomoedas brasileiros entre julho do ano passado e junho deste ano, 60,7% aconteceram em exchanges centralizadas (CEX), 30,5% foram feitas em exchanges descentralizadas (DEX), 6,6% ocorreram em protocolos DeFi e 2,2% se efetivaram de outra formas.

No final de setembro, a empresa revelou outros trechos do Índice Global de Adoção Cripto ao revelar a liderança de Índia, Nigéria e Tailândia, conforme noticiou o Cointelegraph.

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