Do Kwon, cofundador do Terra, diz que não está ‘fazendo nenhum esforço para se esconder’ da Interpol
Do Kwon disse a seus mais de um milhão de seguidores no Twitter que não tinha visto seu nome na lista de “alerta vermelho” da Interpol, mas nem todos os nomes são revelados publicamente.
Procurado pelas autoridades sul-coreanas, o cofundador do Terra, Do Kwon, sugeriu que não está mudando sua rotina em resposta a uma possível ação legal, embora seu paradeiro seja desconhecido.
Em uma publicação na segunda-feira, 26, Kwon disse que membros do Crypto Twitter provavelmente o viram andando na rua ou em shopping centers nas “últimas duas semanas” – sem oferecer pistas sobre em que cidade ou país –, apesar de a Interpol supostamente ter emitido um Alerta Vermelho para detê-lo. Kwon disse a seus mais de um milhão de seguidores que não tinha encontrado seu nome na lista de indivíduos que a Interpol deve localizar “localizar e prender provisoriamente”. No entanto, nem todos os nomes na lista de de alerta vermelho da Interpol são revelados publicamente.
“Estou escrevendo código na minha sala de estar”, disse Kwon. “Estou fazendo zero esforço para me esconder.”
Ativo nas mídias sociais enquanto enfrentava um mandado de prisão decorrente de um processo aberto na Coreia do Sul, Kwon revelou estar em Singapura em sua conta no Twitter no momento da publicação, mas uma reportagem de 17 de setembro da Reuters sugeriu que ele pode não estar mais no país. O cofundador do Terra é cidadão sul-coreano. A dupla cidadania na Coreia do Sul geralmente não é permitida, apesar de haver exceções, mas não está claro se Kwon possui passaporte de mais de um país.
Uma figura proeminente na indústria de criptomoedas por seu envolvimento com o Terraforms Labs (TFL), Kwon se tornou uma pessoa procurada pelas autoridades sul-coreanas em decorrência do colapso da stablecoin algorítmica TerraUSD Classic (USTC) – originalmente TerraUSD (UST). Em maio, a stablecoin perdeu a paridade com o dólar e caiu para quase zero em menos de duas semanas. O preço do Terra (LUNA) – agora Terra Classic (LUNC) – também caiu, causando problemas de liquidez a muitas plataformas CeFi (Finanças Centralizadas), incluindo a Celsius e a Voyager.
Kwon e outros funcionários do Terra se tornaram alvos de uma investigação das autoridades financeiras sul-coreanas, que supostamente invadiram os escritórios das exchanges de criptomoedas Gopax, Coinone, Upbit, Bithumb e Korbit em julho. Mais tarde, um tribunal sul-coreano emitiu um mandado de prisão para Kwon e cinco indivíduos ligados ao Terra por supostamente violar as leis do mercado de capitais do país.
Kwon disse em 17 de setembro que ele não estava “‘fugindo’ ou algo semelhante”, depois que a Força Policial de Singapura (SPF) afirmou que Kwon não estava na cidade-estado. A Coreia do Sul não tem acordo de extradição com Singapura, e o Alerta Vermelho da Interpol só pode solicitar que a polícia local detenha Kwon caso ele seja localizado.
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Em meio à controvérsia sobre a localização de Kwon e sua possível prisão, as autoridades financeiras indonésias estão trabalhando para modificar a política existente para evitar situações semelhantes com outros líderes de empresas de criptomoedas do país. O Cointelegraph informou em 21 de setembro que o chefe interino da Agência Reguladora de Negociação de Futuros de Commodities, Didid Noordiatmoko, disse que as mudanças propostas para garantir que dois terços dos diretores e comissários das empresas de criptomoedas fossem cidadãos indonésios ajudariam as lideranças a “fugir do país caso surja algum problema”.
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