Telegram coloca o prego final no caixão do GRAM após desistir de recurso judicial
O Telegram retirou seu recurso contra a liminar de um tribunal federal dos EUA que proibiu a distribuição de GRAM, interrompendo o projeto TON.
O Telegram retirou sua apelação contra a liminar de um tribunal federal dos Estados Unidos que congelou a emissão e distribuição do token GRAM, de acordo com documentos judiciais datados de 22 de maio.
A medida parece sugerir que a empresa abandonou completamente seus planos da TON. No início deste mês, o CEO do Telegram, Pavel Durov, anunciou que seu “envolvimento ativo” com o projeto havia terminado, criticando os órgãos reguladores dos EUA por aumentar demais seu poder.
Anunciado em 2017, a TON do Telegram é uma plataforma blockchain destinada a facilitar pagamentos via tokens GRAM e hospedar aplicativos descentralizados em altos níveis de escalabilidade. Depois de levantar quase US$ 1,7 bilhão em duas rodadas de venda de tokens em 2018, chamou a atenção das autoridades.
Em outubro de 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos entrou em ação contra o Telegram, acusando-o de violar a lei de valores mobiliários dos EUA ao realizar uma venda de títulos não registrada.
Em março de 2020, um Tribunal Distrital Federal dos EUA concedeu uma liminar contra o Telegram, impedindo a empresa de emitir tokens. Pouco tempo depois, o Telegram apresentou um breve pedido de apelação ao Tribunal de Apelações do Segundo Circuito, que agora foi retirado.
A TON existe?
Como a TON é um projeto de código aberto, todo o seu código foi publicado no Github. Isso gerou uma série de projetos baseados em TON, nomeadamente Free TON e NewTON.
No início da semana passada, a Free TON lançou três concursos comunitários separados para alimentar sua rede.
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