Taxa de hash do Bitcoin cresceu 30% em 24 horas
Nas últimas 24 horas, a taxa de hash da rede Bitcoin (BTC) subiu 31,69% e atingiu 248,11 EH/s, aumentando ainda mais a resiliência da rede contra uma possível exploração durante o processo de mineração.
A taxa de hash do Bitcoin é o número de nós de sua rede. Taxas de hash mais altas significam mais descentralização e maior poder de computação disponível. Com mais descentralização, a rede fica mais resistente a possíveis ataques de segurança cibernética.
Antes do salto recente, a taxa de hash estava em torno de 188,40%. Com a nova alta, a rede Bitcoin mostra ainda mais sua resiliência. Após a China proibir negociações e mineração de ativos cripto em junho do ano passado, havia preocupações de que a segurança da rede do Bitcoin cairia – já que os mineradores do país forneciam 34,2% do total da taxa de hash naquele momento.
No entanto, a rede se recuperou rapidamente à medida que os mineradores se mudaram para outros países. No ano passado, a taxa de hash aumentou 54,33%. Atualmente, os mineradores sediados nos Estados Unidos representam a maior parte na rede, com 35,4%. O estado da Geórgia tem ganhado destaque como um centro de mineração de criptomoedas no país.
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Taxa de hash do Bitcoin bate recorde em janeiro
Esta não é a primeira vez que a taxa de hash do Bitcoin atingiu uma nova máxima histórica. Em janeiro, a rede tinha uma taxa média de 190,71 EH/s, apesar do Cazaquistão ter suspendido a internet para os seus habitantes, impedindo que os mineradores operassem neste período.
Em janeiro, a rede tinha uma taxa de hash de 190,71 EH/s, apesar dos problemas dos mineradores no Cazaquistão. Durante um período de agitação social, o governo cazaque desligou a internet, fazendo com que a taxa de hash do Bitcoin caísse cerca de 13%. Com o país servindo como o segundo maior centro de mineração do mundo, isso se tornou uma grande preocupação, pois os mineradores estão debatendo se devem ou não migrar para outros países para continuar suas operações.
A crescente taxa de hash da rede Bitcoin mostra que, apesar da queda de valor em seu preço, a criptomoeda ainda tem um suporte significativo de sua comunidade.
Mineração ainda divide opiniões
A mineração de Bitcoin tem sido alvo de várias críticas devido ao seu alto consumo de energia, que muitos acreditam prejudicar o meio ambiente.
Na Europa, o governador do Banco Central da Hungria, György Matolcsy, recentemente pediu à União Europeia (UE) que passe a proibir a mineração de criptomoedas. Isso ocorreu apenas algumas semanas depois que as autoridades suecas também pediram a proibição da atividade.
A escassez global de energia e o efeito das mudanças climáticas colocaram ainda mais a mineração de criptomoedas no centro das atenções, mas nem todos concordam que essa atividade deve ser banida.
Embora concordem que há necessidade de regulamentações, algumas partes interessadas discordam sobre a proibição da mineração de criptomoedas. O membro do parlamento da União Europeia (UE), Stefan Berger, iniciou recentemente uma proibição que seria uma sentença de morte para o Bitcoin na região.
O maior minerador de Bitcoin da Noruega, Kryptovault, também expressou seu desejo de mudar a narrativa em torno do uso de energia em relação a mineração e sua contribuição para a poluição. Atualmente, o país utiliza energia 100% limpa, sendo 95% hidrelétrica e 5% eólica. Seu CEO, Kjetil Hove Pettersen, diz que existem outras maneiras de minerar além da energia oriunda do carvão, considerada a mais poluente.
“Se você está usando carvão para minerar, isso é outra história, é isso que você não quer. A mineração pode ser feita em mais lugares como a Noruega – e pode ser uma maneira de economizar energia retida”, ele compartilhou.
Muitos na comunidade cripto também estão apontando para a possibilidade de mineração de criptomoedas incentivar o desenvolvimento de energia renovável.
Nos Estados Unidos, as energias renováveis foram propostas ao Congresso anteriormente, com o senador do Texas Ted Cruz (R-TX) falando sobre a abundância de gás natural – que, se queimado no local, a energia poderia ser usada com geradores para minerar Bitcoin . O problema, porém, com o raciocínio do senador, é que esse processo ainda liberava um subproduto no ar.
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