SWIFT quer acelerar inovações com criptomoedas reguladas
O SWIFT (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication) declarou que pretende acelerar as inovações com criptomoedas reguladas entre bancos. A novidade chega em um ano que a instituição começou a trabalhar sobre o tema CBDC, das moedas digitais de bancos centrais.
Com sede em Bruxelas, o chamado “Sistema Interbancário Mundial” é uma organização que fornece uma rede segura para a troca de informações financeiras entre bancos e outras instituições ao redor do mundo. Sua principal função é facilitar a comunicação de transações financeiras internacionais, como transferências de dinheiro, pagamentos e outros tipos de ordens financeiras, de forma rápida e padronizada.
Embora o SWIFT não mova dinheiro diretamente, ele desempenha um papel crucial no sistema financeiro global ao garantir que as transações sejam seguras, eficientes e conformes com as regulações internacionais. Além disso, segue como essencial para o funcionamento do comércio global e das finanças, conectando milhares de instituições em mais de 200 países.
“Avançando para o próximo estágio”, diz SWIFT ao indicar que pode trabalhar com ativos digitais e criptomoedas reguladas
De acordo com o SWIFT em uma publicação na última quarta-feira (11), intitulada “Agilizando o movimento global de ativos e moedas digitais”, tudo indica que a rede bancária mundial está perto do próximo estágio.
“O interesse em ativos e moedas digitais continua crescendo, com os últimos dois anos trazendo maior clareza sobre o valor potencial desses desenvolvimentos para o setor“, diz a instituição ligada aos bancos.
“As previsões para o crescimento de ativos digitais são amplas. Por exemplo, o Standard Chartered e o Synpulse estimaram recentemente que o tamanho do mercado de ativos tokenizados do mundo real subirá até US$ 30 trilhões até 2034.”
Ainda que o mercado se mostre promissor, o SWIFT teme que a regulação seja um dos problemas dos avanços no setor. Chamando as regulações específicas em poucos países de “ilhas digitais”, a instituição pede que os países acelerem suas regulações.
Além disso, declarou que “os pagamentos serão feitos inicialmente usando moedas fiduciárias existentes, mas depois poderá usar formas tokenizadas de dinheiro, como CBDCs, dinheiro bancário comercial tokenizado ou stablecoins regulamentadas“. Ou seja, não há planos de eliminar o dinheiro fiduciário dos bancos centrais, mas sim de criar um ambiente digital de transações globais mais dinâmicos.
“Estamos entusiasmados com o futuro dos ativos digitais e moedas em nossa rede e continuaremos a colaborar com nossa comunidade para impulsionar o progresso nessa área.”
A proposta do SWIFT vai de encontro ao projeto do BRICS, bloco de países do sul global que querem criar um novo sistema global financeiro.
SWIFT procura funcionário no Brasil
Para estreitar laços com instituições bancárias do Brasil, o SWIFT publicou nesta semana uma vaga de emprego no país. Buscando um Gerente de Relacionamento Estratégico, a instituição global afirmou que pode pagar entre R$ 257 mil e R$ 478 mil por ano para a função.
O candidato interessado na vaga do SWIFT deve ter ensino superior e pelo menos 7 anos de experiência com vendas, sendo no mínimo 3 anos no mercado financeiro. Além disso, deve ter proficiência em inglês e português obrigatório, entre outras exigências.
Este mesmo profissional deve conhecer novas tecnologias financeiras e saber representar o SWIFT no país, assim como apresentar aos parceiros as inovações da organização.
Fonte: SWIFT quer acelerar inovações com criptomoedas reguladas
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