Primeiro ETF de Bitcoin do Brasil estreia na B3 captando R$ 14 milhões

Mercado de baixa das criptomoedas faz com que ETF de Bitcoin tenha desempenho abaixo do esperado na bolsa de valores.

O primeiro ETF 100% Bitcoin da bolsa de valores brasileira, lançado pela gestora QR Capital, estreou na última quarta-feira e teve captação de R$ 14 milhões.

O ETF já havia captado R$ 113,5 milhões antes da estreia, e teve desempenho de 10% deste valor desde o lançamento oficial na B3.

As cotas abriram pelo valor de R$ 9,51, fechando o dia valendo R$ 10,76, valorização de 13% no primeiro dia de negociação. O ETF atende pelo ticker QBTC11.

Os números são considerados baixos pelos especialistas, especialmente em comparação com o ETF de criptomoedas lançado na bolsa de valores em abril pela gestora Hashdex, reunindo uma cesta de seis criptomoedas: Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash e Chainlink.

O ETF HASH11, que marcou a estreia das criptomoedas na B3, movimentou R$ 156 milhões na estreia e assumiu o terceiro lugar entre ETFs de renda variável, com mais de R$ 1 bilhão em captação.

Pesa sobre os números atuais a diferença de momento do mercado de criptomoedas com relação a abril. Quando o HASH11 foi lançado, o criptomercado acumulava um período de alta constante de 12 meses, até que no começo de abril os criptoativos – e principalmente o Bitcoin – sofreram uma correção importante.

O Bitcoin chegou a uma máxima de US$ 64.000 no período e nas últimas semanas chegou a valer US$ 28.000, o que impacta o otimismo dos investidores do mercado financeiro – mais reticentes com a volatilidade das criptomoedas.

A oferta do fundo de Bitcoin da QR Capital é coordenada por BTG Pactual, Easynvest, Órama, Vítreo, Modal Mais e Inter DTVM. Na terça-feira, um dia antes da estreia, o CEO da QR Capital, Fernando Carvalho, comentou a iniciativa:

“Observa-se um amadurecimento desta inovadora classe de ativos, e a QR busca desde sua fundação garantir opções seguras e simples de exposição ao bitcoin. O QBTC11 é um marco tanto no mercadofinanceiro convencional quanto no de ativos digitais por ser um ponto de convergência entre os dois. O investidor agora tem uma opção regulada, de baixo custo e robusta para se expor diretamente ao mais importante criptoativo do mercado, o bitcoin”

Além de ser o primeiro do Brasil, o ETF 100% Bitcoin é também o primeiro da América Latina. No Brasil, a queda do Bitcoin foi ainda mais acentuada nas últimas semanas por conta da recuperação do real contra o dólar. A criptomoeda é negociada nas exchanges nesta sexta-feira a R$ 163.000.

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