Bolsas caem em todo mundo enquanto preço do Bitcoin bate recorde histórico no Brasil

Falta de aprovação de estímulo econômico nos Estados Unidos e chegada de segunda onda do Novo Coronavírus preocupa mercado financeiro tradicional.

As principais bolsas de valores do mundo estão em queda nesta quarta-feira (21), ao contrário do Bitcoin que desencadeou uma onda de valorização recentemente no mercado. 

Enquanto alguns índices aguardam por uma aprovação de um estímulo econômico nos Estados Unidos, o Bitcoin está em valorização no mercado, e subiu mais de 6% nas últimas 24 horas.

Dessa forma, o valor alcançado em dólar pelo Bitcoin já representa o recorde de preço que a criptomoeda tinha no Brasil. Assim, com a valorização do BTC a cotação atingiu mais de R$ 70 mil, conforme noticiou o Cointelegraph.

Bolsas derretem

Bolsas de valores em todo o mundo iniciaram esta quarta-feira (21) com uma pequena valorização, mas o impasse na aprovação de um estímulo econômico dos Estados Unidos fez com que os principais índices econômicos caíssem.

Além disso, a grande preocupação com uma segunda onda do Novo Coronavírus na Europa derrubou os índices ligados ao mercado financeiro tradicional.

Dessa forma, índices como o Euro Stoxx acumula uma queda de 1,46% após o impacto do incentivo econômico dos EUA que ainda não foi aprovado, além da segunda onda do Novo Coronavírus. Nesse caso, o índice Euro Stoxx representa ações de 50 grandes empresas da Europa.

O mesmo pode ser observado em índices como o DAX, da bolsa de valores alemã. Com queda de 1,41% nesta quarta (21), o índice que representa as 30 maiores empresas da Alemanha (com capital aberto) também reverbera o retorno da pandemia e o impasse econômico dos EUA.

Por outro lado, as bolsas asiáticas não enfrentam o mesmo desempenho negativo que as demais bolsas em todo mundo. Além disso, o índice Ibovespa (IBOV) da bolsa de valores no Brasil também contraria o movimento de queda nos demais países. No caso da bolsa brasileira, até então houve um crescimento de 0,44% no índice Ibovespa.

Estímulo econômico dos EUA

O mercado financeiro tradicional deve responder positivamente ao estímulo econômico que os Estados Unidos pretende aprovar em breve. De acordo com proposta do presidente Donald Trump, esse estímulo deverá compreender algo como US$ 1,9 trilhão, ou ainda, cerca de R$ 10 trilhões.

Por outro lado, a oposição ao governo de Trump defende um pacote de estímulos econômico ainda maior. Segundo projeto dos democratas, os Estados Unidos deveria injetar US$ 2,2 trilhões na economia, ou seja, R$ 12,3 trilhões.

Nesta última terça-feira (20), o presidente Donald Trump se reuniu com a líder da oposição, Nancy Pelosi em busca de aprovar o estímulo econômico para o país. No entanto, existem resistência no congresso para a aprovação do estímulo. Segundo o senador e líder republicano Mitch McConnell, o pacote de R$ 10 trilhões deveria ser aprovado somente após as eleições nos Estados Unidos.

Bitcoin bate recorde

Enquanto bolsas de valores de todo o mundo sente o impacto da falta de aprovação do estímulo trilionário dos EUA, o preço do Bitcoin desencadeou uma onda de valorização recentemente que fez a criptomoeda bater recorde histórico no Brasil.

Sendo assim, nesta quarta-feira (21) o preço do Bitcoin renovou sua máxima histórica no país, após romper o valor de R$ 70 mil que não era alcançado desde o dia 16 de dezembro de 2017.


Preço do Bitcoin nesta quarta-feira 21 (Reprodução/CoinMarketCap)

Embora o Bitcoin esteja longe de alcançar o recorde de preço em dólar, no Brasil isso foi possível com a desvalorização do real brasileiro recentemente. Se no final de 2017 o dólar era negociado por R$ 3,31 diante do real, atualmente este valor corresponde a R$ 5,59, o que justifica a quebra de recorde no Brasil do preço do Bitcoin.

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