Fintech brasileira usa código do Bitcoin para aprimorar segurança no Open Banking
Mecanismo de segurança do Bitcoin é usado por fintech brasileira para aprimorar a segurança de olho no Open Banking.
O lançamento do Open Banking em 2021 está trazendo uma série de preocupações com segurança digital para bancos e fintechs que integrarão o sistema do Banco Central do Brasil.
Isso porque no Open Banking haverá compartilhamento de dados das instituições financeiras e a possibilidade de integração em uma só plataforma, o que vai exigir maior segurança na interoperabilidade dos sistemas dos bancos, que hoje são centralizados.
Por isso, uma série de startups – e especialmente as fintechs – no Brasil está buscando soluções em tecnologias inovadoras para aprimorar a segurança dos dados na “era aberta” dos bancos, como a novidade está sendo chamada. A matéria é do Valor Econômico.
O Stark Bank, um banco digital baseado em APIs fundado para atuar no Open Banking com pessoas jurídicas, encontrou uma solução de segurança no código da maior criptomoeda do mundo, o Bitcoin.
O banco digital usa o mecanismo de segurança de algoritmo de assinatura digital de curvas elípticas (ECDSA) para dar autenticidade e integridade a cada mensagem, com uma assinatura única criptografada. O fundador da fintech, Rafael Stark, diz que o uso das APIs vai expor as instituições bancárias, que precisam estar prontas para se defender:
“No momento em que as APIs são expostas o banco tem de estar preparado para se defender”
Outra fintech, a Dock, oferece APIs para as empresas criarem seus próprios bancos. A equipe de segurança atua para garantir a privacidade e a segurança dos dados desde a concepção, usando hackers “white hat”, que atuam para testar a segurança de sistemas por recompensas, para aprimorar seus sistemas de defesa.
O desafio das instituições financeiras é continuar aprimorando a experiência dos clientes e ainda assim oferecer uma segurança confiável. Paulo David, CEO da fintech de contas digitais Grafeno, acredita que a competição vai se acirrar ainda mais entre bancos e fintechs, que em novembro travaram uma queda de braço pelo adiamento do sistema:
“O mercado vai competir para definir quem oferece o melhor formato e informações”
Finalmente, Ricardo Taveira, CEO da fornecedora de soluções de open banking Quanto, que tem investimentos de Bradesco e Itaú, o modelo “é uma evolução natural do mercado e traz o optencial de ampliar a segurança a outros sistemas e indústrias”, como o varejo.
LEIA MAIS