Startup de criptomoedas promete empregos mas rouba dinheiro dos funcionários
Uma situação inusitada envolvendo um golpe com criptomoedas chamou a atenção das autoridades em Uganda. Uma suposta startup de criptomoedas recrutou várias pessoas para trabalhar em diversas áreas, como marketing, atendimento ao cliente, auxiliares de escritório, recepcionistas, gerentes bancários, e outros cargos, mas no fim das contas tudo não passava de um golpe.
A empresa atraiu os funcionários com uma falsa promessa de emprego, e pediu a eles que abrissem contas com a empresa, a cada um dos candidatos foi solicitado o pagamento de 20 mil shs pelo registro (cerca de R$ 20), mas no dia seguinte quando eles foram trabalhar o escritório estava abandonado.
Uma testemunha que tem uma loja ao lado do escritório disse que os funcionários foram chegando e encontrando as salas vazias. Ele explicou que os líderes do esquema convenceram várias pessoas a investir na empresa com promessas de lucro de 40% em investimentos.
Enganou funcionários enquanto operava golpe de pirâmide
Um funcionário que caiu no golpe da DUNAMISCOIN (empresa por trás do golpe) disse que a empresa sumiu com todo o dinheiro arrecadado com entrevistas de candidatos, e também com o dinheiro que conseguiram com promessas de pagar altos rendimentos.
Ele explicou que, além de atrair os funcionários para abrir contas na empresa, eles também enganaram moradores locais com promessas de investir na startup.
“Eles me disseram que isso ajudaria muito. Eles disseram que me dariam um emprego. Fui ao escritório deles para uma entrevista. Eles me convenceram a investir com eles, dizendo que eu receberia 40% de lucro”, disse uma das vítimas.
O site da Dunamiscoins ainda está ativo, mas a empresa não respondeu a nenhum tipo de contato feito por jornais que tentaram obter respostas de empresa.
Diversas vítimas do esquema estão pedindo que outras pessoas enganadas denunciem o caso a polícia. O governo da Uganda por diversas vezes já declarou que não reconhece criptomoedas como dinheiro legal e que nenhuma organização está autorizada a vender ativos digitais no país.
O Banco central da Uganda advertiu diversas vezes a população para serem mais cautelosos com esses esquemas Ponzi, dizendo que eles não são regulamentados ou monitorados.
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