Empresa de energia solar que oferecia até 30% de lucros por mês some com dinheiro de clientes
Seguindo modelo das pirâmides de Bitcoin no Brasil, Econ Global pode ter deixado milhares de clientes desfalcados; CVM vê indícios de fraude.
Uma empresa que supostamente oferecia investimentos em energia solar, a Econ Global, pode ter deixar milhares de clientes desfalcados no Brasil com um esquema supostamente fraudulento, que oferecia até 30% de lucros por mês, segundo o UOL.
A Econ Global oferecia “pacotes de investimentos” que variavam de R$ 1.000 a R$ 50.000, prometendo rendimentos fixos com porcentagem muito acima da realidade.
Além dos lucros fixos, a empresa também prometia comissão de 10% para quem indicasse novos clientes para o negócio. Em 2019, o Brasil sofreu com modelos de pirâmides de Bitcoin que ofereciam rendimentos “garantidos” e depois desapareceram do mercado.
O Ministério Público de São Paulo recebeu uma denúncia no dia 12 de março contra a empresa, que teria sede no bairro do Pacaembu, na capital paulista. A Delegacia de Repressão a Crimes contra o Consumidor de Goiás registrou um boletim de ocorrência que diz que quase 1.000 pessoas foram prejudicadas pela empresa.
As advogadas gêmeas Andressa Vecina Oliveira e Alessandra Vecina Oliveira Baptista, 33, queriam investir em algum negócio ligado à sustentabilidade e aportaram R$ 35.000 na empresa. Só conseguiram reaver R$ 800 até agora:
“Como nós duas somos advogadas, averiguamos tudo sobre a Econ Global. Não havia reclamações no Reclame Aqui ou pendências em órgãos públicos. Estava tudo certo na Junta Comercial, e não encontramos denúncias. Chegamos a visitar a sede da companhia, e tudo parecia bastante confiável. Mas, pelo jeito, não era”
Procurados pela reportagem do UOL, os representantes da empresa teriam prometido entrevistas, mas não forneceram contatos e ficaram apenas na promessa. Depois de questionados pelo site, os representantes tiraram o site oficial da Econ Global do ar.
A Comissão de Valores Mobiliários vê indícios de fraude na atuação da empresa e investiga o caso, mas ressalva que ela não tem autorização da CVM para operar no mercado financeiro.
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