Globo, SBT, Record e Band vão mudar: Brasil começa a implementar TV 3.0, padrão que vai unir a televisão e Web3 e mudar toda a programação
A mudança vai impactar todo o mercado de produção de conteúdo, sejam eles produzidos por canais abertos como Globo, SBT, Record, Band e outros; canais de televisão paga como CNN, Fox, Globo News e até mesmo produtores de conteúdo independente como influencers, youtubers e tantos outros
Enquanto o mercado de criptomoedas debate e trabalha na implementação da Web3, buscando integrar a descentralização e o controle de dados aos usuários, o Brasil avança na implementação da TV 3.0, novo padrão para as transmissões nacionais e que vai mudar radicalmente a forma como os programas de televisão são produzidos, consumidos e distribuídos.
A mudança vai impactar todo o mercado de produção de conteúdo, sejam eles produzidos por canais abertos como Globo, SBT, Record, Band e outros; canais de televisão paga como CNN, Fox, Globo News e até mesmo produtores de conteúdo independente como influencers, youtubers e tantos outros.
Além disso, o novo padrão que deve ser implementado no Brasil já em 2024, pode unir a tela da televisão com o amplo mundo da internet, metaverso e Web 3. Isso ocorre, pois, entre as funções a serem habilitadas pela TV3.0 está a integração entre conteúdo transmitido pelo serviço de radiodifusão e pela internet.
Diante das possibilidades da TV3.0 o Ministério das Comunicações (MCom) instituiu, nesta terça-feira (11/7), o Grupo de Trabalho que será responsável por propor as regras para a implemenação do novo padrão. Esta é uma nova etapa da preparação para a chegada da TV 3.0 ao País, prevista para o final de 2024, começo de 2025.
Segundo declarou o secretário de Comunicação Social Eletrônica, Wilson Wellisch, o novo padrão de televisão digital pode revolucionar a forma como o brasileiro acessa conteúdos.
“A tecnologia e o sistema da TV 3.0 serão totalmente inovadores e permitirão que o usuário não só interaja com a programação, mas conte com a maior qualidade possível de imagem e som”, apontou.
TV 3.0
Diante das mudanças que serão implementadas com a TV 3.0 todas as redes de televisão terão que fazer mudanças. A TV 3.0 promete melhorias significativas em termos de qualidade de conteúdo, interatividade e personalização, bem como maior robustez na transmissão de sinais, especialmente para dispositivos móveis.
Uma das principais características da TV 3.0 é sua capacidade de transmitir conteúdos de vídeo em alta definição, em até 8K. Além disso, será compatível com áudio imersivo e personalizado, como o padrão Dolby Atmos e outros no formato MPEG-H Audio. Isto é, desde que a TV em questão tenha essas capacidades.
Um aspecto particularmente notável é a possibilidade de as emissoras oferecerem programas diferentes simultaneamente para públicos específicos, com base no perfil do telespectador, que será monitorado em tempo real através de algoritmos. Isto sugere que a TV 3.0 terá um nível de personalização que a TV convencional não possui.
Além disso há grande possibilidade de integração com a Web 3 tendo em vista que o processo de assistir TV passará por uma etapa de login, tal qual na internet.
“O primeiro aspecto que precisa ser entendido é que a experiência de assistir TV 3.0 será uma experiência logada. Ou seja, você precisará informar quem você é para acessar os conteúdos. Isso é comum hoje na internet, e milhões de pessoas se logam para ver e ouvir conteúdos pagos e gratuitos”, destaca Raymundo Barros diretor de tecnologia e estratégia da Globo.
Outra característica importante da TV 3.0 é sua capacidade de transmitir sinais para dispositivos móveis com robustez e precisão, sem quedas de sinal. Isso significa que os espectadores poderão assistir ao conteúdo de TV com a mesma qualidade, independentemente do dispositivo que estão usando, seja um telefone celular, um tablet ou uma TV.
“Os telespectadores podem ‘ver’ TV onde ele estiver: na rua, no carro, no metrô, em viagem, com qualquer dispositivo ele poderá acessar os conteúdos oferecidos pelas empresas de mídia. Estará tudo disponível em todas as telas que o consumidor quiser”, apontou Barros.
Além disso, a TV 3.0 está buscando integrar plataformas de streaming para oferecer aos usuários uma experiência integrada de TV e internet. Isso sugere que a TV 3.0 não será apenas uma evolução da TV como a conhecemos, mas uma fusão de várias formas de mídia em uma única plataforma.
Um recente estudo da Hibou, chamado “Audiência – O que o brasileiro assiste e por quê”, identificou que apesar do avanço de plataformas como Netflix, Amazon, HBO Max, entre outros, a TV ainda é a tela preferida dos brasileiros. Para acessar os conteúdos de interesse, a televisão está no topo para os brasileiros, com 92% das preferências.
Os celulares estão em segundo lugar, com 55%; seguidos com uma distância grande entre as preferências pelos computadores (14%) e os tablets (4%). Em relação a gênero, a maior preferência são os filmes, com 80%. Séries vêm logo atrás com 73%; telejornais em terceiro lugar, com 59%; as novelas aparecem com 33%; em quinto lugar desenhos, animações e animes, com 27%. Programas de auditório ganham a atenção de 25% e por fim, reality shows estão no gosto de 22%.
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