Site registra golpes com fraudes bancárias e criptomoedas em 2020

Nos primeiros meses de 2020, vários golpes já foram aplicados com fraudes bancárias e com criptomoedas. De acordo com um levantamento feito pelo Livecoins no BBB Scam Tracker, as fraudes bancárias são a maior parte dos casos.

Criado pela Better Business Bureau Institute for Marketplace Trust, a plataforma BBB Scam Tracker promete tornar transparente os golpes sofridos na era digital. Dessa forma, com a exposição de fraudes ao público, a iniciativa afirma ser possível diminuir estes casos.

Segundo um relatório recente da empresa, a quantidade de crimes registrados em 2019 foi 25% menor que 2018. Além disso, o estudo do BBB apontou que essa iniciativa, disponível apenas nos EUA e Canadá, fez os consumidores economizarem U$ 42 milhões no último ano.

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Há mais número de fraudes bancárias do que golpes com criptomoedas em 2020

As perspectivas de golpes podem ser encaradas de várias formas. Primeiramente, em número de registros, há mais fraudes bancárias que golpes com criptomoedas em 2020. Com 69 golpes registrados no BBB Scam Tracker, 40 são de fraudes bancárias.

O problema, contudo, é quando se pega o valor subtraído das vítimas. As 29 fraudes com criptomoedas registradas no serviço já somam U$ 541 mil (R$ 2,4 milhões) de prejuízo aos investidores.

O caso mais emblemático foi de um investidor, que perdeu sozinho U$ 450 mil (R$ 2 milhões) em uma proposta da Onetwoex. Responsáveis pela empresa entraram em contato com o investidor, que após realizar um gigantesco aporte, não recebeu mais respostas pelo suporte.

O investidor podia comprar uma moeda, investindo em Bitcoin ou Ethereum. O estelionatário, outrora uma pessoa legal, sumiu após receber o investimento. Pelo código postal, o investidor é morador da cidade de San Jose, terceira mais populosa da Califórnia.

Investidor de criptomoedas dos EUA relata golpe sofrido em plataforma
Investidor de criptomoedas dos EUA relata golpe sofrido em plataforma – Reprodução/BBB Scam Tracker

As 29 fraudes com criptomoedas registradas no BBB Scam Tracker tiveram, em média, U$ 18 mil (R$ 81 mil) por pessoa em golpes. Já no setor bancário, o valor total das 40 fraudes informadas foi de apenas U$ 13 mil (R$ 58 mil), dando, em média, U$ 331 de prejuízo às vítimas.

Ou seja, o início de 2020 mostra que há mais golpistas na praça das criptomoedas, pelo menos nos EUA e Canadá. Estes dados pode revelar a importância de se manter atento com falsas promessas. Lucros garantidos, recompensas por indicações, normalmente levam a fins trágicos.

Maior caso de fraudes de 2019 foi em compras pela web

De acordo com a Forbes, a maior parte das fraudes catalogadas no BBB Scam Tracker em 2019 foi de compras online. Problemas com sites de comércio eletrônico geraram uma em cada quatro queixas de clientes.

No último ano, por exemplo, apenas 273 queixas de problemas com criptomoedas foram cadastradas. Desses, 23% foram fraudes relacionadas a oportunidades de investimentos com criptomoedas. Além disso, 32% das fraudes com criptomoedas em 2019 foram relacionadas ao comércio eletrônico, seja de produtos, serviços ou dinheiro.

De todos estes, 3 em cada 10 golpes com criptomoedas envolveu a empresa C2CX. A Bureau apontou que, como era uma empresa chinesa, não conseguiu ajudar as vítimas, visto que os golpistas eram de outra jurisdição.

A equipe do BBB Scam Tracker relatou para a Forbes que dos 1,2 milhões de usuários que já acessaram o serviço, 60% utilizaram este como forma de verificar se estavam lidando com golpes. Um serviço parecido com este que funciona no Brasil seria o Reclame Aqui, que recebe queixas de clientes de várias empresas. A intenção é semelhante, uma vez que clientes passam a ter uma referência para se prevenir de possíveis golpes.

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