SBT, Record e TV Cultura sofrem ataque hacker
A Record TV sofreu um ataque hacker e teve que suspender a transmissão de programas ao vivo, exibindo programas gravados para lidar com a situação. A programação chegou a ser substituída em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal.
O SBT e a TV Cultura também foram vítimas de um ataque hacker. Ainda não está claro se a ação foi coordenada, mas sabe-se que se trata de ataque de ransomware, um tipo de vírus que sequestra computadores e sistemas.
Segundo relatos, o acervo da Record, contendo gravações de programas, foram sequestrados pelos hackers que ainda não assumiram a autoria do ataque.
Alguns relatos no Twitter mostram que os usuários não estão conseguindo acessar os vídeos no aplicativo da emissora.
As primeiras informações sobre o ataque foram divulgadas pelo repórter Cadu Safner, do site Metrópoles.
“A Record TV acaba de sofrer um possível ataque hacker e corre risco de perder todo seu sistema de arquivos. Os funcionários não conseguem sequer fazer o ao vivo. Estão sendo dispensados do trabalho no dia de hoje. A situação é desesperadora.”, disse Safner.
🚨URGENTE🚨
A Record TV acaba de sofrer um possível ataque hacker e corre risco de perder todo seu sistema de arquivos. Os funcionários não conseguem sequer fazer o ao vivo. Estão sendo dispensados do trabalho no dia de hoje. A situação é desesperadora.
— Cadu Safner (@Cadu_Safner) October 8, 2022
SBT e TV cultura
SBT e TV Cultura também foram vítimas de um ataque ransomware na tarde deste sábado (8) e estão com algumas operações travadas. As emissoras não comentaram sobre o assunto.
🚨 URGENTE🚨
SBT e TV Cultura acabam de sofrer o mesmo ataque hacker da Record TV e estão com algumas operações travadas.
— Cadu Safner (@Cadu_Safner) October 8, 2022
Segundo informações, o ataque na TV Record teve como alvo a rede interna da empresa, afetando serviços telefônicos, e-mail e transmissão de emissoras de TV locais.
De acordo com Felipe Payão, do site TecMundo, a Record foi vítima de um ransomware as a service chamado Blackcat, vendido por hackers para criminosos que atacam empresas.
Rede Record atacada 👇
– Indicação inicial era de agente interno realizando “ato político”
– Agora, é possível afirmar que o cenário enfrentando pela emissora é de ransomware
– Sistema operacional da Record segue fora de operação— Felipe Payão (@felipepayao) October 8, 2022
O repórter Cadu Safner também afirmou que o ataque resultou na violação de dados de todos funcionários e a emissora corre risco de tirar a programação ao vivo do ar a qualquer momento.
“O sistema operacional segue com graves problemas e a emissora [Record] corre risco de voltar a sair do ar a qualquer momento. – A comunicação da Record está em silêncio.”
“Todos os funcionários tiveram seus dados pessoais acessados. O sistema operacional segue com graves problemas e a emissora corre risco de voltar a sair do ar a qualquer momento. – A comunicação da Record está em silêncio.”
🚨 [+] todos os funcionários tiveram seus dados pessoais acessados. O sistema operacional segue com graves problemas e a emissora corre risco de voltar a sair do ar a qualquer momento.
– A comunicação da Record está em silêncio.
— Cadu Safner (@Cadu_Safner) October 8, 2022
Blackcat
As emissoras Record, SBT e TV Cultura são apenas algumas de uma lista crescente de empresas, escolas, governos, hospitais e outras instituições a enfrentar pedidos de resgate de hackers que usam um vírus para criptografar dados em seus sistemas de computador, tornando-os inutilizáveis.
Como é comum neste tipo de ataque, é esperado que os hackers façam um pedido de resgate para liberar os sistemas e arquivos. Assim, é comum também que o pedido seja feito em criptomoedas.
O ransomware BlackCat, usado para atacar a TV Record, seguiu um padrão consistente nos últimos meses: os hackers invadem redes corporativas explorando vulnerabilidades em dispositivos de firewall/VPN não corrigidos ou desatualizados e, em seguida, entram nos sistemas internos.
O grupo tem uma abordagem agressiva para envergonhar suas vítimas, listando os dados das empresas em um blog de vazamentos. A maioria das vítimas está nos EUA, mas o grupo e seus afiliados também atacam organizações no Brasil, Europa e Filipinas.
As vítimas incluem organizações dos setores de construção, engenharia, varejo, transporte, serviços comerciais, seguros, telecomunicações, componentes automotivos e produtos farmacêuticos.
O grupo também é conhecido por fazer tripla extorsão, na qual após o roubo dos dados da empresa, a vítima é ameaçada com vazamentos e com uma ameaça de um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) se as demandas não forem atendidas.
No caso de ser alvo do grupo, as emissoras ou qualquer outra vítima deve pensar bem antes de pagar pelo resgate, já que não há garantias de que os dados não serão vazados no futuro.
Até o momento, nenhuma das emissoras se manifestaram sobre o ataque.
Fonte: Livecoins
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