Advogados não conseguem monitorar os celulares dos pais de SBF para cumprir exigências da fiança
Os novos celulares comprados pelos pais de Bankman-Fried não “fotografam automaticamente os usuários do dispositivo a cada cinco minutos, conforme requerido na ordem”, aponta uma petição
A equipe jurídica de Sam Bankman-Fried solicitou uma terceira prorrogação da aplicação de suas condições revisadas de fiança, citando dificuldades na instalação de software de monitoramento nos celulares de seus pais para capturar uma foto do usuário “a cada cinco minutos”.
Em uma petição protocolada em 19 de abril, no Distrito Sul de Nova York, os advogados de Sam Bankman-Fried, Mark Cohen e Christian Everdell, afirmaram que implementaram com sucesso “todas as condições de fiança estabelecidas na Ordem”, com exceção de monitorando do uso dos telefones celulares dos pais de Bankman-Fried. Foi observado:
“Descobrimos recentemente que o software de monitoramento instalado nos novos celulares que compramos para os pais do Sr. Bankman-Fried não pode, de fato, fotografar automaticamente o usuário do dispositivo a cada cinco minutos, conforme exigido pela Ordem.”
Cohen e Everdell se declararam “otimistas” por terem encontrado uma solução para monitorar os telefones celulares, mas precisam de mais tempo para “conduzir mais testes no software de monitoramento para confirmar suas capacidades”.
A equipe jurídica pediu até o dia 21 de abril para encontrar uma solução. No momento da escrita desta matéria, no entnato, não existem evidências de que uma solução tenha sido encontrada.
Os advogados solicitaram, entretanto, que os pais de Bankman-Fried pudessem continuar usando “seus celulares existentes” até que uma resolução fosse alcançada.
Falando ao Cointelegraph, Ken Gamble, presidente executivo da empresa de inteligência privada IFW Global, acredita que há um conflito entre a escolha do modelo do telefone e o software de monitoramento que está sendo implementado.
Ele observou que alguns modelos de telefone mais recentes não conseguem “instalar o software de monitoramento mais recente” devido a medidas de segurança inerentes aos dispositivos.
Gamble enfatizou que os iPhones mais recentes, por exemplo, não podem ter um software de monitoramento implementado sem realmente “fazer o desbloqueio forçado do dispositivo” primeiro.
Ele sugeriu que a solução pode envolver o uso de telefones celulares alternativos para os pais de Bankman-Fried, que sejam compatíveis com a instalação do software de monitoramento, afirmando:
“Isso levará tempo, eles precisam chegar à raiz do problema técnico, encontrar a solução, potencialmente até fazer outro pedido ao tribunal para obter mais tempo enquanto encontram um telefone.”
Nos últimos tempos, surgiram preocupações significativas sobre o acesso de Bankman-Fried a telefones celulares.
O juiz Kaplan destacou que Bankman-Fried tinha um “jardim de aparelhos eletrônicos” com acesso à internet na casa de seus pais.
Kaplan alertou que havia “causa provável” para acreditar que Bankman-Fried estava envolvido na tentativa de influenciar testemunhas.
Foi relatado em 28 de março que os pais de Bankman-Fried consentiram em limitar seu acesso a seus dispositivos, ao mesmo tempo em que assinaram declarações concordando em não trazer dispositivos eletrônicos proibidos para sua casa.
Kaplan propôs anteriormente, em 4 de março, que Bankman-Fried fosse proibido de usar smartphones, tablets, computadores e quaisquer plataformas ou dispositivos de videogame que permitissem bate-papo e comunicação por voz.
A proposta dizia que a comunicação de Bankman-Fried deveria ser limitada a um “celular de flip ou outro não-smartphone sem recursos de internet, ou com recursos de internet desativados”.
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