Rússia: Sistema de votação eletrônica baseado em blockchain sofre ataque

A blockchain usada para votação de emendas constitucionais russas teria sido atacada no final de semana.

O sistema de votação baseado em blockchain da Rússia para as emendas constitucionais teria sido atacado através do node de um observador eleitoral.

Conforme relatado pela agência de notícias estatal TASS, o ataque ocorreu em 27 de junho por volta das 20:00 CET. Um representante do governo de Moscou disse à TASS que o ataque não causou mau funcionamento do sistema, o que significa que todos os votos eletrônicos serão registrados com sucesso na blockchain.

Segundo o funcionário, os especialistas em segurança cibernética estavam trabalhando para restaurar o acesso ao node atacado. Não está claro se ele foi reparado neste momento.

A votação eletrônica, realizada de 25 a 30 de junho para residentes de Moscou e Nizhniy Novgorod, é baseada na plataforma blockchain Exonum, desenvolvida pela Bitfury. O Cointelegraph procurou a Bitfury para comentários adicionais sobre o ataque, mas não teve resposta até o momento.

Iniciadas no início deste ano, as emendas constitucionais permitirão que Vladimir Putin cumpra mais dois mandatos de seis anos se aprovado, o que significa que ele poderá permanecer na presidência até 2036.

O sistema apresenteou alguns problemas

De acordo com relatórios anteriores, o site para votação eletrônica ficou inacessível durante as primeiras horas após a entrada em operação.

Além disso, a votação online baseada em blockchain produziu alguns resultados anormais em determinadas regiões. Por exemplo, cerca de 7.300 pessoas designadas para uma assembleia de voto em Troitsky Administrative Okrug foram registradas para votar online, apesar de a estação ter apenas um total de 2.358 residentes elegíveis para votar. A comissão eleitoral local alegou que se tratava de um “mau funcionamento técnico”.

Além disso, algumas pessoas relataram ter conseguido votar várias vezes devido à aparentemente fraca compatibilidade do sistema com a parte offline do voto.

O jornalista local Pavel Lobkov postou um vídeo descrevendo como ele votou inicialmente offline em sua seção de votação e depois votou online uma hora depois.

Da mesma forma, Yael Iliinsky, cidadão russo residente em Israel, conseguiu votar três vezes: online pelo site, na embaixada russa em Tel-Aviv e no consulado russo em Haifa. Ele também afirmou que sua filha, que ainda é menor de idade, também votou em Haifa porque seus documentos não foram verificados.

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