Supostos ladrões roubam 16 BTC e pais são processados por vítima
Os pais de dois adolescentes no Reino Unido foram processados após seus filhos serem acusados de serem os responsáveis pelo roubo de 16.4552 BTC em 2018. O roubo teria sido feito através de um aplicativo falso que se disfarçava de uma carteira de Bitcoin.
A vítima, Andrew Schober, havia apostado 95% de seus recursos na criptomoeda com a intenção de usar o lucro para comprar uma casa para sua família, informa o Ars Technica. Na época, seus investimentos equivalia a US$ 200.000.
O roubo ocorreu após ele ter baixado um aplicativo chamado “Electrum Atom” no Reddit. Disfarçado de carteira, o aplicativo era na verdade um malware que monitorava transações de criptomoedas para roubá-las. Toda vez que a vítima copiava o endereço de uma carteira, ele era substituído por um similar, que era controlado pelos criminosos.
Depois do roubo, Schober investiu mais de US$ 10.000 para contratar detetives particulares capazes de rastrear seu dinheiro. As investigações apontaram para dois jovens no Reino Unido que, na época, eram menores de idade.
Rastreamento de Bitcoin
A análise da blockchain demonstrou que os criminosos tentaram lavar o Bitcoin roubado convertendo-o para Monero, uma criptomoeda focada em privacidade. Só que, para isso, eles precisavam da chave privada da carteira. Um dos acusados aparentemente postou no GitHub pedindo ajuda em uma conta que revelava seu nome verdadeiro e continha os repositórios do código usado para criar o malware.
Após descobrir a identidade dos ladrões, Schober enviou cartas aos pais deles informando-os do que havia acontecido e dizendo que, se seu dinheiro fosse devolvido, ele esqueceria do caso e não acionaria a polícia.
Depois de duas tentativas, em 2018 e 2019, nas quais os pais não responderam a seus apelos, Schober entrou com uma ação contra os acusados e seus pais, alegando que eles foram lenientes com as atividades ilegais dos filhos.
A ação ainda está na Justiça e a mãe de um dos acusados respondeu afirmando que as acusações já haviam prescrito.
Em resposta, os advogados de Schober aponta que a data limite da prescrição só começou quando a identidade dos ladrões foi descobertas e não a partir do crime.
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