Banco cripto Revolut briga há mais de um ano para entrar no ‘Multibanco’, rede transações digitais e ATMs de Portugal
Banco britânico Revolut é a principal fintech com atuação em Portugal.
A fintech cripto-fiat britânica Revolut vive uma briga de mais um ano com as autoridades financeiras de Portugal para acessar o sistema Multibanco, de responsabilidade da processadora de pagamentos SIBS, responsável por caixar eletrônicos e pagamentos digitais no país ibérico.
Segundo o Turno Zero, a Revolut acredita que a entrada no Multibanco será difícil, mas atenua os problemas com as negociações, que se arrastam há mais de 12 meses. O CEO da empresa, o russo Nicolay Storonsky, está otimista com as negociações e diz:
“Sim, é muito difícil acessar a rede de pagamento local [Multibanco]. Ainda estamos trabalhando para obter acesso a ele. As negociações acontecem há quase um ano. Mesmo sem acesso à rede local, somos ‘fintech’ [empresa tecnológica financeira] número um em Portugal e temos mais de 600 mil clientes lá, o que é [um número] muito grande”
A entrada da Revolut no sistema Multibanco, que abriga uma série de ATMs e comanda transações interbancárias digitais em Portugal, é considerada um ponto de virada para a presença da fintech em Portugal. A empresa comemora o número expressivo de 600 mil clientes em um país de 10,5 milhões de habitantes, mais de de 5% da população total.
O fundador da Revolut também criticou a ideia de que o setor fintech “não é regulamentado”, dizendo que o banco cripto obedece “às mesmas regras dos bancos” para obter as licenças de operação.
Além disso, ele diz acreditar que “é completamente possível” que os clientes Revolut consigam sacar suas criptomoedas usando os ATMs do Multibanco já em 2021.
O Revolut tem crescido bastante em atuação na Europa, especialmente no Reino Unido, em Portugal e na Espanha, cobrando taxas muito baixas e oferecendo um app amigável com produtos financeiros diversificados. Além de uma carteira de moedas nacionais, no caso com euro e dólar, o Revolut disponibiliza também a custódia de três criptomoedas: Bitcoin, Litecoin e Ethereum.
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