Réu no caso Unick Forex negocia delação premiada e pode entregar comparsas, diz jornal

Um dos réus do caso Unick Forex pode fechar uma delação premiada e entregar “gente grande” envolvida no esquema de pirâmide financeira. Segundo o Jornal NH, nos bastidores da investigação, há rumores de que o acusado e sua defesa estão em negociação com o Ministério Público.

“É falado que o homem também estaria disposto a entregar ‘gente grande’ envolvida no esquema”, diz a reportagem publicada nesta segunda-feira (27).

O nome do réu disposto a falar, contudo, não foi revelado. De acordo com o jornal, seu nome está sob rigoroso sigilo, mas que pode se tratar de pessoa influente na Unick.

Caso o acordo de delação aconteça, aumenta a possibilidade de as autoridades encontrar os fundos supostamente ocultados pelos líderes da Unick, possivelmente em paraísos fiscais.

A delação premiada — no texto da lei “colaboração premiada” —  é um meio eficaz de obtenção de provas e é oriunda da Lei de Organizações Criminosas (2.850/2013). Nela, o Estado aceita contribuição voluntária do réu em investigação ou processo em troca de benefícios.

Um juiz pode então reduzir a pena de prisão em até dois terços, substituí-la por pena restritiva de direitos ou até mesmo conceder perdão judicial.

Portanto, a delação pode contribuir para desmantelar grandes organizações criminosas. Outro ponto é que, historicamente, aumenta o número de denunciados.

Líderes Unick presos

Tanto Leidimar como o diretor de marketing Danter Silva já tentaram deixar a prisão. No entanto, quanto mais a polícia investiga, mais evidente fica o esquema milionário criado para roubar a população.

Segundo o Ministério Público, o valor captado pela empresa está estimado em cerca de R$ 29 bilhões.

Mas nem todos os clientes são vítimas. Muitos que começaram a divulgar a empresa com status de líder também estão sendo investigados — pelo menos 1200 pessoas estão na mira das polícias.

Na semana passada, O Jornal NH também publicou diálogos entre o líder da Unick Forex, Leidimar Lopes, e um parente, cujo teor deixou evidente de que que o chefão não estava nem aí para os clientes.

De acordo com as escutas, a empresa de Novo Hamburgo não queria pagar seus clientes. 

Mentor do esquema Unick

Em dezembro do ano passado, o mesmo jornal revelou quem seria o cérebro do golpe de pirâmide da Unick Forex. O advogado Fernando Baum Salomon seria um “chefe oculto no esquema”.

Solomon teria contratado um serviço de espionagem clandestina, com hacker e tudo, para obter informações sigilosas e que interessasse à Unick.

O serviço de arapongagem teria sido comandado por um ex-policial federal aposentado, ligado a ex-diretores da PF. Salomon e o ex-agente negam o envolvimento.

Esquema Unick Forex

A Unick Forex estava proibida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de atuar no mercado, mas mesmo assim permanecia vendendo produtos sob a justificativa de que vendia cursos.

Com a promessa de lucro de 100% sobre o valor investido em até seis meses, a empresa teria captado ilegalmente cerca de 1,5 milhão de pessoas até se tornar alvo da Polícia Federal no dia 17 de outubro.

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