Pesquisa aponta as 10 principais tendências tecnológicas que as organizações precisam explorar em 2024
Levantamento do Gartner revela que a IA deve sentar à janela no próximo ano, mas ela não estará sozinha.
A cidade de Orlando, Flórida (EUA), é palco do Gartner IT Symposium/Xpo, conferência que começou na última segunda-feira (16) e que vai até a próxima quinta-feira (19), quando analistas do Gartner, uma das principais empresas globais de pesquisa e consultoria em tecnologia da informação, apresentam o “Top Strategic Tecnology Trends 2024”, que é um relatório focado nas 10 principais tendências tecnológicas que as organizações devem explorar no próximo ano, na avaliação do Gartner.
“As interrupções tecnológicas e as incertezas socioeconômicas exigem vontade de agir com ousadia e aumentar estrategicamente a resiliência em vez de respostas ad hoc. Os líderes de TI estão em uma posição única para estabelecer estrategicamente um roteiro onde os investimentos em tecnologia ajudam a sustentar o sucesso de seus negócios em meio a essas incertezas e pressões”, explicou o vice-presidente analista do Gartner, Bart Willemsen.
Na avaliação do Chief of Research do Gartner, Chris Howard, as tomadas de decisão dos líderes de TI das organizações não devem ser fácil por causa da taxa crescente de inovação tecnológica.”
“Por exemplo, a IA [Inteligência Artificial] generativa e outros tipos de IA oferecem novas oportunidades e impulsionam diversas tendências. Mas obter valor comercial a partir do uso duradouro da IA requer uma abordagem disciplinada para a adoção generalizada, juntamente com atenção aos riscos”, emendou.
A IA generativa (GenAI) aparece entre as 10 principais tendências a serem exploradas em 2024 no levantamento do Gartner. Segundo estimativa da empresa, até 2026, 80% das empresas terão aplicativos e modelos GenAi habilitados em ambiente de produção, contra apenas 5% no começo desse ano.
Na esteira da IA surge outra tendência que as organizações precisam ficar de olho no próximo ano: a gestão de confiança, risco e segurança da IA (TriSM). Nesse caso, o objetivo é a geração de uma barreira de proteção que possa ser aplicada rapidamente para que os efeitos negativos da IA não saiam do controle.
Outra tendência é o Desenvolvimento aumentado de IA, que é a utilização da tecnologia, como a GenAI e aprendizado de máquina, no auxílio a engenheiros de software. O que se assemelha a outra tendência, Aplicações inteligentes, nesse caso relacionada à adaptação da IA aos casos de uso das organizações.
No rol das tendências para 2024, o Gartner elencou a Força de trabalho conectada aumentada (ACWF), estratégia relacionada à otimização do valor derivado de trabalhadores humanos, Gerenciamento contínuo de exposição a ameaças (CTEM), clientes-máquina (custobots) que são negociadores automatizados que podem adquirir bens e serviços com a efetuação de pagamento, tendência que deve abarcar 15 bilhões de produtos sob a negociação dos custobots até 2028.
O Gartner enumerou ainda a Tecnologia sustentável, que deve impactar a remuneração de 25% dos CIOs até 2027, a Engenharia de plataforma, relacionada ao desenvolvimento de camadas internas das organizações projetadas a dar suporte otimizado aos usuários, e Plataformas industriais em nuvem (ICPs), que devem abarcar 70% das empresas até 2027, contra 15% em 2023.
Prevendo possíveis efeitos colaterais da IA, o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Gary Gensler, declarou que, sem alguma forma de intervenção, uma crise financeira decorrente do uso generalizado de inteligência artificial é “quase inevitável”, conforme noticiou o Cointelegraph.
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