Representante do Banco Central do Brasil vê blockchain ‘tokenizando’ ações no futuro

O chefe adjunto do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Mardilson Fernandes Queiroz, disse na terça-feira (31) em um evento em São Paulo, que o blockchain vai representar uma grande transformação para a indústria.

Ele se referiu às criptomoedas como meio de pagamento e de transferência de valores. Na sua opinião, o ‘token criptográfico’ é uma nova tecnologia que será ‘matadora’ com o tempo, de acordo com a publicação do Valor Econômico, que também foi responsável por organizar o seminário.

Queiroz, que participava do evento ‘O Valor das Criptomoedas’, organizado pela própria rede de notícias, explicou o conceito e a utilidade de um token:

“O token criptográfico é uma maneira de digitalizar ativos ou contratos. Em poucos anos você vai ter em mãos uma ação da Petrobras tokenizada, uma debênture (título de crédito), um título federal e talvez até outra moeda tokenizada”.

Reinvenção Blockchain

O chefe adjunto quis dizer que a tecnologia blockchain possibilita uma nova maneira de negociação de um determinado ativo, como se este fosse reinventado, uma “nova roupagem”, como ele se referiu, mas que estivessem dentro dos moldes tradicionais em relação às operações.

Sobre regulamentação, Queiroz disse que o momento atual é de euforia, mas confessa que é um grande desafio para o Banco Central. Ele acredita que as instituições e governos têm que ser cuidadosos para não “matar a inovação”.

“O BC se propõe a fazer ajuste da regulação quando enxergar um ‘gap’ regulatório, o BC se propõe a manter seu papel de mordomo da confiança”, salientou Queiroz.

Já na visão de Romero Rodrigues, sócio da Redpoint eVentures, o bitcoin ainda não é perfeito para se tornar uma forma de pagamento comum, pois, segundo ele, ainda há muitos problemas a serem sanados.

Ele disse que as transações ainda são caras e demoradas se comparadas ao sistema tradicional, como o dos cartões de crédito, por exemplo.

“Uma rede da Visa ou da Mastercard faz uma transação em 20 milisegundos, mas transferir valores com o bitcoin demora 10 minutos. Quando a rede está congestionada, já levou até 18 horas para completar a operação”, disse Rodrigues.

Além disso, ele também citou a volatilidade e questionou, salientando que ele não vê o bitcoin como uma moeda: “É uma moeda? Hoje ainda não”, afirmou.

O sócio da Redpoint ainda fez uma comparação do bitcoin com o ouro no quesito ‘reserva de valor’. Ele estimou que a liquidez do ouro atualmente é de aproximadamente US$ 10 trilhões e que numa comparação ao valor de mercado atual do bitcoin — que, segundo ele, é 70 vezes menor que do ouro, o bitcoin poderia “hipoteticamente alcançar entre US$ 260 mil e US$ 800 mil”.

“Quais as chances de isso acontecer, não sei, se eu soubesse era fácil. Mas eu vejo cada vez mais gente considerando essa uma das aplicações possíveis num futuro próximo”, disse Rodrigues, que salientou que já foi investidor em bitcoins apenas por curiosidade e que hoje a criptomoeda não faz mais parte de seus investimentos, pois o comportamento atual do criptoativo se assemelha a uma ‘bolha’.

Ele ressaltou:

“Quando você ouve de cinco taxistas diferentes que investem em Bitcoin porque vai continuar subindo essa é a melhor definição de bolha”.


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