Regulador do G20 estabelece métricas que visam o monitoramento das criptomoedas
Apesar de não considerar as criptomoedas “um risco significativo para a estabilidade econômica global”, o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) anunciou, na segunda-feira, que desenvolveu uma estrutura e métricas para monitor as implicações das moedas virtuais no mercado. O quadro foi desenvolvido em parceria com o CPMI (Comitê de Pagamentos e Infraestrutura de Mercados).
“O objetivo dessa estruturação é identificar quaisquer preocupações emergentes de estabilidade financeira e maneira oportuna”, destaca o relatório, acrescentando:
“O modelo discute os riscos primários dentro dos ativos de criptomoedas e os possíveis canais de transmissão que ponham em risco a estabilidade financeira. Essa estrutura identifica quais métricas o FSB pode monitorar de maneira útil, a curto e médio prazo”.
O FBS é um órgão internacional que monitora e aconselha o G20 sobre o sistema financeiro global. Já a CPMI apoia a estabilidade econômica, promovendo a segurança e eficiência de pagamentos, liquidez, compensação e acordos relacionados.
O relatório também pontua que “no geral, monitorar o tamanho e a taxa de crescimento dos mercados de ativos criptográfico é fundamental para entender o tamanho potencial dos efeitos de riqueza, caso ocorra uma queda dos valores”. Além disso, “o uso de criptomoedas para pagamentos, ou com fins de liquidez, é outro canal de transmissão a ser monitorado”.
As métricas do FSB
Citando que o mercado de criptomoedas e as fontes de dados nas quais as métricas se baseiam estão “evoluindo rapidamente”, o FSB alertou que a qualidade das informações pode variar e nem sempre ser satisfatória.
“Valores relacionados ao mercado – a exemplo das métricas sobre preços, negociação de volumes e volatilidade – podem ser manipulados por práticas geralmente proibidas como a “lavagem de dinheiro”, cuja existência não pode ser descartada nesse estágio”.
O FBS ainda acrescenta que as métricas podem não se adequar a todos os tipos de ativos de criptomoedas, no entanto, defende que elas podem oferecer uma imagem útil do mercado. Em um estágio posterior, o FSB e a CPMI consideram aprimorar e adicionar novas métricas.
O relatório do FSB se refere às criptomoedas como “tokens digitais privados de primeira geração” e reforça que elas não representam um risco significativo para a estabilidade financeira global neste momento.
No entanto ele apoia o “monitoramento vigilante à luz da velocidade dos desenvolvimentos e das lacunas dos dados”, conforme detalha o relatório.
Fonte: News.Bitcoin
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