Regulação dos criptoativos é ‘semente da revolução’, diz CEO da Blockchain Academy

A fundadora da Blockchain Academy, Rosine Kadamani, foi convidada pela CVM Educacional para discutir a tecnologia blockchain no Brasil na noite desta quinta-feira (8), como parte da programação da Semana Mundial do Investidor 2020.

A conversa entre ela e o superintendente da CVM, José Alexandre Vasco, abordou como a tecnologia blockchain vem sendo utilizada no país, além dos principais tópicos do mercado de criptoativos dos últimos dias, como as fraudes financeiras e regulação governamental.

Uma referência em blockchain no Brasil, Kadamani falou como a tecnologia pode ser usada para criar soluções mais eficientes para os principais problemas do país.

Um exemplo disso pode ser o uso da blockchain no combate à corrupção, dando transparência as movimentações de recursos financeiros.

“Toda a beleza da discussão de blockchain vem do esforço de criatividade do mercado corporativo estabelecido, assim como do setor libertário, anarquista, cada um do seu lado, em criar soluções que possam se aproveitar dessa grande novidade.”

Criptomoedas: as principais iscas de fraudes financeiras

A fundadora da Blockchain Academy também utilizou a ocasião para falar do uso indevido das criptomoedas por criminosos na hora de aplicar golpes. Por ainda ser um tema complexo para a grande maioria das pessoas, as criptomoedas são usadas por golpistas para confundir e prometer ganhos exagerados.

“Muita gente confunde o preço do bitcoin que subiu em 2017, com promessas de que criptomoeda dá ganho rápido. Nós brasileiros vivemos em constantes crises, o que torna as pessoas ávidas por soluções imediatistas, é natural.”

Para Kadamani, os golpistas estão preparados com um discurso sedutor e recomenda que as pessoas fiquem mais atentas na hora de investir. “Ninguém pode entrar no cripto ativo sem saber no que está investindo”, conclui a especialista.

Wyoming: o exemplo a ser seguido

Sobre a regulação da blockchain e dos cripto ativos da rede, a especialista disse que o Brasil pode se inspirar em legislações pioneiras do mundo para dar amparo a iniciativas nacionais.

Kadamani cita como exemplo a recente lei sancionada no estado norte-americano Wyoming, que passa a reconhecer legalmente os criptoativos e permitir que instituições financeiras utilizem a tecnologia blockchain e banco de dados descentralizados em suas operações.

“O estado de Wyoming permitiu a criação de tokens de ações em blockchain. É uma grande novidade que eu acredito ser a semente de uma revolução. Claro que ainda é limitada, mas existe um esforço de inovar.”

O mercado reagiu rápido a abertura de Wyoming e graças a nova lei, surgiu o primeiro banco cripto do mundo, o Kraken Financial. Nesta quinta-feira (8), o BeInCrypto EUA publicou uma entrevista exclusiva com o CEO do banco, David Kinitsky, que comenta:

“Acho que os reguladores do Wyoming são alguns os mais experientes que já conheci. Eles carregam uma cultura de ser muito favorável aos negócios, não impondo regulamentação só por impor. Este é um regulamento para lidar com os riscos que existem e não mais. É um algo incrível de se ver.”

Apesar da lei de Wyoming ainda ter um série de limitações, a nova regulação traz uma abertura para a blockchain e criptoativos nunca vista antes nos EUA, o país que dita as regras do mercado mundial.

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