Regras globais para Bitcoin e criptomoedas serão apresentadas em outubro
Desde o final de 2017, quando o boom das criptomoedas chamou a atenção dos governos e dos reguladores mundiais, sendo inclusive um dos principais assuntos a movimentar o Fórum Econômico Mundial, organizações multilateriais como o FMI e o G20 vêm apontando a necessidade do estabelecimento de regras globais para o comércio de Bitcoin e outras criptomoedas o que, segundo o Financial Action Task Force (FATF), deve acontecer em outubro.
Durante as reuniões do G20, que iniciaram em Buenos Aires, os ministros de finanças e presidentes de bancos centrais das 20 maiores economias mundiais deixaram a cargo do FATF a apresentação das primeiras regras para regulamentação do mercado de criptomoedas e, segundo o presidente da instituição Marshall Billingslea, a organização está perto de estabelecer um conjunto de padrões mundial para aplicar às criptomoedas e deve apresentar suas propotas na reunião do G20 que acontecerá em outubro, em Bali, na Indonésia.
“É essencial que nós possamos estabelecer um conjunto global de orientações que sejam aplicadas de maneira uniforme”, disse, esclarecendo que o FATF acelerou o trabalho e fez progressos significativos para alcançar “um consenso entre as nações” e acrescentou que o momento é uma “grande oportunidade” e em termos de regulação disse que “você não pode se inclinar demais em uma direção ou outra”, uma vez que a blockchain, a tecnologia por trás dos ativos, “vai continuar se desenvolvendo”.
As regras que serão apresentadas devem impactar, principalmente, as exchanges de criptomoedas, que podem ter que adotar as normas impostas pela Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF), com a finalidade de evitar que os ativos digitais sejam usados em atividades envolvendo lavagem de dinheiro. A instituição já havia sinalizado que iria apresentar normas para exchanges nas reuniões do G20 de julho.
Apesar dos recentes relatórios da Europol e do congresso norte-americano apontarem que o Bitcoin e as demais criptomoedas não são usadas para financiar atividades terrositas, Billingslea afirmou ainda haver preocupações com o crescente uso deste tipo de ativo por terroristas e organizações como o Estado Islâmico, além de esquemas de extorsão digital, como a feita pelo ataque virtual do WannaCry.
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Fonte: Criptomoedas Fácil