Dados recentes do BitInfoCharts mostram que mais de 60% dos Bitcoins existentes não se moveram no último ano
Dados de relatório do BitInfoCharts revelaram que grande maioria do total de BTCs ficou na mesma carteira desde maio de 2018.
A análise dos dados do BitInfoCharts e do recurso de monitoramento de transações de mídia social Whale Alerts revelou nesta semana que a grande maioria do total de Bitcoins disponível permanece na mesma carteira desde maio de 2018.
Apesar da recente disparada de preço do Bitcoin, com a paridade BTC/USD saltando de US$ 4.000 para mais de US$ 8.300, os HODLers (termo utilizado para designar quem não vende seus Bitcoins) ainda estão acumulando – e por enquanto mantêm suas moedas estáticas.
De acordo com a BitInfoCharts, cerca de 10,5 milhões de BTC não deixaram as carteiras desde 5 de maio de 2018. O valor é pouco mais que o dobro dos 5,28 milhões de BTC de 5 de janeiro de 2017, antes da alta do Bitcoin atingir os atuais US$ 20.000.
O Bitcoin possui uma taxa de inflação decrescente, que cai pela metade a cada quatro anos. Esta característica faz com que o ativo tenha um valor total fixo de unidades a serem geradas – o que o torna um ativo deflacionário. Hoje, aproximadamente 17,7 milhões de Bitcoins do total de 21 milhões já foram produzidos.
No entanto, como a Cointelegraph relatou na semana passada, os mercados registraram novos recordes de volume de negócios diários para o Bitcoin, com dois recordes de todos os tempos e preço do BTC passando de US$ 8 mil. De acordo com a Whale Alerts, em 19 de maio, um total de 10.500 BTCs se moveram entre carteiras em três transações separadas, com um valor total combinado de US$ 83,4 milhões.
A tendência continuou na segunda-feira, com mais três transações em rápida sucessão transferindo mais de 16.000 BTC (US$ 127,3 milhões).
Além das baleias (termo utilizado para designar grandes players do mercado), os analistas ainda tentam aceitar o inexplicável entusiasmo que alimentou o crescimento do Bitcoin por quase dois meses.
Republicando um novo gráfico de duas fontes do setor em 16 de maio, o empreendedor Tuur Demeester disse no Twitter que a queda da recompensa do bloco de mineração do Bitcoin em maio de 2020 para a metade poderia estar influenciando os mercados com antecedência.
Seguindo uma tese confirmada por pesquisas anteriores, Demeester concordou que a corrida de fim de abril a maio constituiu uma fase de expansão que depois daria lugar a um breve período de acumulação. Um mercado de alta “real” então assumiria o comando – espelhando três ciclos anteriores nos quais o preço do Bitcoin se comportava de forma idêntica.
No momento desta publicação, o preço do bitcoin é de US$ 7933.05 e começou a desafiar US$ 8.000 novamente depois de flutuar em torno da barreira nas últimas 48 horas.