Receita Federal do Brasil e blockchain: b-CPF e b-CNPJ
Um programa de capacitação com foco em servidores públicos chamou atenção nos últimos dias com uma premiação. O evento, que faz parte do Ministério da Economia, colocou a Receita Federal do Brasil (RFB) junto da tecnologia blockchain.
Receita Federal do Brasil tem premiação ligada à tecnologia blockchain
A tecnologia blockchain tem diversas aplicações práticas, sendo reconhecida como uma das principais inovações da era digital pela qual passamos. Algumas entidades do governo brasileiro já reconhecem esse potencial inovador, por exemplo, o BNDES que lançou até um token.
Contudo, em um recente evento promovido pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, ligada ao Ministério da Economia, a tecnologia blockchain foi o destaque principal.
No último dia 22, de acordo com o Enap, aconteceu o 18.º Prêmio de Criatividade e Inovação da RFB – 2019. A premiação aconteceu em Brasília, no último dia 22 de novembro. Além disso, a equipe vencedora saiu com R$ 20 mil da edição 18.º do evento.
O servidor da Receita Federal, autor do projeto vencedor, foi Ronald Cesar Thompson. Este que é auditor-fiscal de carreira, apresentou o “Projeto b-CPF e b-CNPJ – Blockchain das bases cadastrais da RFB“.
Esse foi o quarto ano em que Ronald apresentou um projeto e saiu vencedor. A equipe vencedora era composta por oito integrantes dos quadros da Receita Federal no Brasil.
Projeto com tecnologia blockchain poderá ser utilizado por qualquer órgão público brasileiro
O vencedor do prêmio explicou que o projeto visa alterar totalmente as bases do CPF e CNPJ do Brasil. Isso significa que, ao implantar sua solução, a blockchain passa a ser utilizada no gerenciamento de informações relacionadas ao CPF e CNPJ, assim como o acesso aos dados.
De acordo com o auditor-fiscal, há duas alternativas: “ou você mantém a base centralizada ou fornece a base“. Ronald disse que seu projeto era uma terceira alternativa aos problemas encontrados pela Receita. Com isso, a tecnologia blockchain poderia ser a solução para a Receita Federal do Brasil integrar as bases do CPF e CNPJ.
Em entrevista, Ronald afirmou ainda que qualquer órgão do governo poderá utilizar essas bases.
Qualquer órgão público que necessite usar. Nosso país tem o desafio de melhorar o ambiente de negócios. A ideia de usar a tecnologia blockchain é principalmente de ajudar o país e criar uma norma que todos os órgãos de segurança pública, Detran e Judiciário, TCU e outros possam trabalhar em cima da base sem depender de um modelo centralizado.
Além disso, Ronald destacou que a “blockchain é o estado da arte no mundo de hoje”, tendo como destaque o uso na moeda digital Bitcoin. Com a tecnologia blockchain, o governo poderá estar mais seguro de ataques cibernéticos, destacou o vencedor do prêmio.
O projeto vencedor estaria, inclusive, em funcionamento. O auditor-fiscal informou que os custos foram reduzidos drasticamente com a solução. Antes, os órgãos pagavam R$ 40 mil para utilizar as bases, pagando agora apenas R$ 900 para isso. Ou seja, com a tecnologia blockchain, a Receita Federal do Brasil torna as bases do CPF e CNPJ mais seguras e acessíveis, em custos e eficiência.
Saiba mais em Receita Federal do Brasil e blockchain: b-CPF e b-CNPJ