Receita Federal diz que Indeal deve R$ 1,1 bilhão a 23 mil clientes

O relatório da Receita Federal sobre o caso da Indeal revela que a empresa deve R$ 1,1 bilhão a mais de 23 mil clientes. Os sócios e demais presos investigados devem responder na Justiça por crime de fraude financeira. Os números foram publicados nesta quinta-feira (04) pelo Gaúcha ZH, que obteve acesso ao documento.

No relatório, diz a reportagem, os auditores fiscais afirmam que a empresa pagava os ‘rendimentos’ com o dinheiro que entrava por meio da venda de produtos adquiridos por novos clientes. Esta análise foi concluída no dia 17 de junho.

“Os vultosos valores distribuídos aos sócios, no decorrer da atividade da empresa, não foram os lucros, mas sim os valores aportados pelos investidores”, diz um trecho do relatório.

O documento ainda diz que está comprovado que não houve lucro e sim um prejuízo descomunal.

Investigações na Indeal

Em junho, a Polícia Federal indiciou 19 pessoas por fraude financeira. Entre os indiciados estavam os cinco sócios da Indeal.

Um mês antes, eles e os demais investigados foram alvos de uma operação policial que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão. Na ação, chamada de ‘Operação Egypt’,  foram apreendidos carros de luxo, joias e dinheiro.

Além do relatório, a reportagem do Gaúcha ZH também teve acesso a dois documentos enviados à Justiça Federal, reportado mais cedo pelo jornal.

Nos documentos, constam tabelas detalhadas da movimentação financeira da empresa e de seus sócios e colaboradores, além de informações sobre interceptações telefônicas, e-mails e uma série de imagens.

O relatório final da Polícia Federal detalha o papel de cada um dos integrantes do esquema, mediante imagens de campanas dos investigadores, quebras de sigilo fiscal e bancário, e até análise de redes sociais, diz o jornal.

“Não resta dúvida de que o valor que deveria ser direcionado para a empresa abasteceu as contas particulares dos sócios/esposas”, diz um trecho do documento.

Para esclarecer, os auditores afirmam que para a Receita é “injustificável e inaceitável que qualquer depósito possa ter sido realizado em benefício dos sócios/esposas, quando a própria Indeal possuía conta bancária” —  os sócios recebiam grandes fortunas (cerca de R$ 12 milhões cada em 2018), enquanto a empresa declinava.

Ainda segundo relatório, a Receita diz o seguinte:

“É inevitável concluir que parte da insolvência da Indeal possa ser reputada, em parte, pelos altíssimos valores já sacados pelos sócios e companheiras”. 

Operação Egypt

No relatório constam os seguintes valores apreendidos na Operação Egypt: R$ 1,7 milhão, € 12 mil, 5,3 mil francos suíços e US$ 31,9 mil — todos em espécie.

“Simplesmente inacreditável a quantidade de dinheiro em espécie que foi recolhida com os investigados no dia da deflagração da ‘Operação Egypto’, chegando a deixar impressionados muitos policiais experientes envolvidos nas buscas”, disse o delegado, conforme o jornal.

A origem

O Superintendente da PF no RS disse que a “Operação Egypt” foi iniciada partir de um e-mail. Nele, a pessoa questionava a legalidade da companhia que estava captando recursos para investimentos com criptomoedas, que possuía capital social de R$ 100 milhões e prometia 15% de retorno ao mês.


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